NÃO ACEITOU O FIM DO NAMORO

Homem que tentou matar a ex com golpes de capacete enfrenta júri popular nesta quinta (13), em Goiânia

O denunciado, que não aceitava o fim da relação, utilizou o capacete da vítima para agredi-la covardemente

Um homem acusado de tentar a ex-namorada a golpes de capacete enfrenta júri popular nesta quinta-feira (13). O crime ocorreu em janeiro de 2020, no Setor Jardim América, em Goiânia. Segundo consta nos autos, o denunciado, que não aceitava o fim da relação, utilizou o capacete da vítima para agredi-la covardemente. A sessão de julgamento acontece no Fórum Cível da comarca da capital, sob a presidência do juiz Jesseir Coelho de Alcântara.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, autor e vítima viveram em união estável por cerca de cinco meses. O relacionamento foi marcado por agressões físicas e verbais por parte do homem, que tinha ciúme excessivo da companheira.

Em razão disso, no mês de dezembro de 2019, decidiu romper a relação e pediu abrigo a uma amiga. A partir daí, o homem passou a ameaçá-la. Apesar de não saber onde a ex e a filha dela estavam morando, o denunciado encontrou a vítima na rua, por coincidência. Na ocasião, ele desferiu tapas contra a mulher, que correu e entrou na residência em que estava morando.

Em janeiro de 2020, o réu voltou ao imóvel em que a vítima estava e foi atendido pela amiga dela. A mulher informou que a vítima havia ido para outro local. O denunciado, no entanto, não acreditou na versão. Ele pulou o muro, arrombou a porta e entrou na casa.

Na sequência, avançou sobre a vítima e passou a golpeá-la com o capacete, principalmente na cabeça, enquanto também aplicava socos e chutes. Antes de fugir, também roubou o celular da dona do imóvel. A Polícia Militar foi acionada e o prendeu em flagrante. Ao ser interrogado, ele afirmou que a intenção era mesmo de matar a ex. A vítima foi encaminhada ao hospital e conseguiu se recuperar.

Para o MP, ficou demonstrado que o crime doloso contra a vida foi praticado contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, no contexto de violência doméstica e familiar, tendo restado caracterizada a relação íntima de afeto entre as partes.