Maio Amarelo

Homens são as maiores vítimas fatais no trânsito de Goiânia, aponta SMS

Dados são do Programa Vida no Trânsito, coordenado pela pasta municipal. Levantamento mostra que jovens, de 20 a 29 anos, são os que mais morrem no trânsito

Os homens são as maiores vítimas fatais no trânsito de Goiânia. É o que aponta dados apresentados pelo Programa Vida no Trânsito, do Ministério da Saúde e coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). De acordo com a pasta, 156 mortes foram registradas no trânsito em 2018. Destas, 129 eram do sexo masculino.

A presidente da comissão do programa, Flúvia Amorim, destacou que o número é menor do que o notificado em 2017, mas que ainda chama atenção. “Em 2017, foram 190 óbitos constatados, mas, mesmo assim, o número atual é preocupante pois a maioria dessas vítimas são pessoas em idade produtiva”, destaca.

Isso é provado nos dados. Jovens entre 20 a 29 anos aparecem como 23% dos óbitos, seguido por adultos de 30 a 39 anos (22%) e pessoas de 40 a 49 anos (15%). O levantamento também destaca que os finais de semanas são os dias que mais tiveram óbito. Somando sábado e domingo, o índice é de 37% das vítimas fatais. A noite é o período mais perigoso no trânsito, com 34% das mortes.

Os dados também mostram os motociclistas são as maiores vítimas fatais no trânsito, com 57% dos óbitos. Logo após vem os pedestres (22%), pessoas que estavam veículos leves (10%), ciclistas (10%) e pessoas que estavam em veículos pesados (1%). Em relação a condição da vítima, 69% pilotavam motos ou dirigiam algum veículo quando morreram.

A pesquisa também mostra, com 59%, o excesso de velocidade é a principal causa de morte no trânsito em Goiânia. O levantamento ressalta que a infraestrutura pesou em 22% das mortes e o excesso de álcool em 9%. Dirigir sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e avanço de sinal são as infrações mais identificadas no Programa.

O programa conta com a parceria de diversos parceiros como a SMT, Dict, PRF, Polícia Técnico Científica e Observatório da Segurança Pública. Flúvia destaca que o programa é importante para levar conscientização às pessoas e, apesar de parecer óbvio, mutas pessoas não imaginam que o trânsito impacta na saúde pública.

“Quando uma pessoa se acidente ela vai para o hospital. Em determinados casos passam por fisioterapia e, quando se tem óbito, o atestado passa pelo nosso departamento. Então, o trânsito anda junto com a saúde pública e é importante, em parceria com os demais órgãos, ser traçado ações para diminuir essa violência. Para que a gente consiga mudar a situação precisamos de um tripé: educação, engenharia e fiscalização”, explica.