H1N1

Hospital da Criança de Goiânia desmente boatos sobre mortes por H1N1

A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás também alertou que as notícias falsas causam aglomeração de pessoas nas clínicas de vacinas, o que propicia para a transmissão da doença

O Hospital da Criança de Goiânia divulgou nesta quarta-feira (4) uma nota desmentindo boatos que circulam pelas redes sociais desde o falecimento do médico pediatra com suspeita de H1N1.  Uma das notícias que tem gerado preocupação da população é a da morte de uma criança no hospital por conta da doença. A unidade esclareceu que nenhuma criança havia falecido no hospital com suspeita de H1N1, e que todos os profissionais que atuam na unidade estão saudáveis

Integrante da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), o Hospital da Criança de Goiânia disse, por meio de nota, que embora tenha muitos atendimentos, como acontece em todos os anos, de casos de criança com vírus respiratórios, mas nenhuma delas faleceu com suspeita de H1N1.

Na nota o hospital também lembrou a morte do médico pediatra Dr. Luiz Sérgio de Aquino Moura, que faleceu no último domingo (1) com suspeita de H1N1. Eles informaram que ele estava de plantão desde o dia 26 de março, sem sintomas de qualquer doença, e que todos os colegas de trabalho continuam saudáveis.

Alerta

A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) alerta a população para falsas notícias que têm circulado na internet, grupos de whatsapp e mídias sociais, causando pânico na população. A gerente de epidemiologia da SES-GO, Magna Maria de Carvalho, disse que Goiás não está em situação de epidemia, mas sim em situação de alerta. Magna explica que a circulação dessas notícias falsas gera pânico desnecessário das pessoas que correm para a rede privada de vacinação, gerando filas e permanecendo em aglomeração que são propícias para a transmissão de doenças.

A gerente de epidemiologia também orienta as pessoas a tomarem medidas de precaução como evitar levar crianças pequenas, gestantes ou idosos em locais onde há aglomerações; lavar sempre as mãos com água e sabão ao voltar da  rua ou sempre que tiver contato com muitas pessoas; usar lenços de papel ao tossir ou espirrar; e diante de qualquer sinal de alarme como febre alta, falta de ar e dor no corpo, procurar, imediatamento, auxílio médico.

Sintomas

A febre é a manifestação mais importante e dura em torno de três dias. Sintomas respiratórios, como a tosse, dores musculares, de garganta e de cabeça, calafrio, fraqueza, espirros e coriza tornam-se mais evidentes com o avanço da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. Podem aparecer ainda sintomas como: pele quente e úmida, olhos avermelhados e lacrimejantes. As crianças podem apresentar aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), diarreia e vômitos.

Grupo de risco

Alguns pacientes apresentam um risco maior de complicações após infecção pelo vírus H1N1:

Portadores de doenças pulmonares crônicas (asma, por exemplo);
Cardiopatas;
Portadores de doenças metabólicas crônicas, como a diabete;
Imunodeficientes ou portadores de imunodepressão;
Crianças com menos de 2 anos;
Grávidas ou mulheres no período pós-parto;
Adultos com mais de 60 anos;
Pacientes debilitados;
Portadores de doenças renais ou hemoglobinopatias.

Vacinação:

A Campanha de Vacinação contra Influenza 2018 acontecerá entre os dias 23 de abril a 01 de junho, segundo cronograma do Ministério da Saúde.

Cronograma da vacinação:

• 23/04 a 04/05: Idosos e Trabalhadores da saúde

• 07 a 11/05: Gestantes, puérperas e crianças

• 12/05: Dia “D” TODOS OS GRUPOS

• 14 a 18/05: Comorbidades

• 21 a 25/05: Professores

• 28 a 01/06: todos os grupos

• Indígenas: durante todo o período de campanha

• População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional: a critério dos municípios.