Hospital Garavelo é interditado pela Vigilância Sanitária de Aparecida de Goiânia
Irregularidades vão desde problemas estruturais até processos de causas trabalhistas. Unidade hospitalar já era investigada há três anos
O Hospital Garavelo, em Aparecida de Goiânia, foi parcialmente interditado na manhã desta sexta-feira (13) pela Vigilância Sanitária Municipal. A decisão foi tomadas após serem constatadas más condições sanitárias do hospital. A interdição do local foi acompanhada por diversos representantes dos conselhos regionais do Estado.
Segundo o diretor de controle e avaliação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Luciano de Moura Carvalho, foram encontradas diversas irregularidades no local: estrutura física precária, quantidade inferior de profissionais e diversos processos trabalhistas. “O hospital já vem sendo investigado há três anos e apresentava diversas denúncias do MP. Com isso, já havia sido solicitado a melhora de alguns pontos, porém nem todos foram atendidos”, destaca.
No momento, apenas a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal está em funcionamento atendendo nove crianças. A permanência desta ala em funcionamento é pelo fato de não ter outro lugar no município para remanejar esses pacientes. Ainda segundo Luciano, o hospital já atendia de forma reduzida devido aos problemas não solucionados.
“Para se ter uma ideia, desde o outubro do ano passado, o hospital não faz cirurgias. Pois o centro cirúrgico não estava em condições salubres para atendimento da população”, conta.
CRF
Um dos problemas detectados no hospital foi relacionado à farmácia do local. Segundo o Conselho Regional de Farmácia (CRF), foi detectado a falta do profissional da área em atuação no hospital. Além disso, foram encontrados diversos anestésicos e antibióticos vencidos.
Outro problema identificado pela equipe de vigilância foi a falta do termômetro de verificação de temperatura na geladeira. O acondicionamento dos produtos também estava fora das condições sanitárias. A assessoria destacou que no local havia várias caixas empilhadas e que as prateleiras onde armazenavam os medicamentos estavam encostadas na parede, o que, segundo a Vigilância, não é recomendados devido ao risco de umidade.
No conselho, o local foi autuado e a administração do Hospital terá cinco dias de prazo para apresentar justificativa. Após isso, os argumentos serão julgados e, se forem condenados, poderão pagar multa.
Já Luciano destacou que na próxima segunda-feira (16), será realizada uma reunião no Ministério Público para se discutir saídas diante o caso. O diretor ressaltou que a volta do funcionamento das interdições acontecerá à medida que o hospital for se readequando às normas.
O Mais Goiás entrou em contato com a unidade hospitalar e fomos informados que os diretores da unidade que vão se pronunciar sobre o caso, mas que não havia ninguém no momento para falar com a equipe, pois todos eles estavam em uma reunião.