Hospital Materno Infantil recebe título de referência na atenção especializada à mãe e ao bebê prematuro
Consultor do Ministério da Saúde visitou Ucin da unidade e aprovou emprego do programa voltado ao tratamento e acompanhamento dos recém-nascidos
Durante solenidade realizada na manhã desta quinta-feira (14/07), o consultor do Ministério da Saúde, Sérgio Marba, concedeu ao Hospital Materno Infantil (HMI) recebeu placa que oficializa a unidade como referência na atenção especializada à mãe e ao bebê prematuro. Em visita realizada ontem, Marba conheceu de perto a aplicação da assistência prestada aos recém-nascidos internados na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UcinCO) e Ucin Canguru (UcinCA).
A notícia foi comemorada pela diretora geral do hospital, Fabiana Negri. “Estamos muito felizes. Estamos em busca do aprimoramento do trabalho desempenhado no HMI. O esforço e atenção da equipe foram primordiais para essa conquista”, afirmou Negri.
No hospital, Marba constatou aplicação do programa voltado ao tratamento e acompanhamento de bebês prematuros no HMI. A avaliação incluiu análise da segurança técnica da atuação profissional, condições hospitalares adequadas, da execução dos cuidados prestados e também entrevista com os profissionais de saúde envolvidos.
Segundo o consultor, o trabalho no HMI começou há dois anos – período em que o hospital passou por adaptações. “Durante a avaliação, eu verifiquei bastantes melhorias. É um processo em construção. A certificação não para hoje, mas começa agora porque é algo contínuo”, disse Sérgio. Ele explicou que o título projeta a unidade como um centro de referência estadual. “É um hospital modelo para esse método. Assim, pode divulgar a metodologia e receber pessoas para fazer treinamento”, detalhou.
O anúncio foi realizado após roda de conversa no auditório do HMI com os tutores do método no estado e de colaboradores do hospital sobre os benefícios do método Canguru. O envolvimento e sensibilização da equipe são imprescindíveis para a aplicação do programa e melhoria dos indicadores de qualidade assistencial. Isso envolve, de , a inclusão da família no ambiente hospitalar. “Eles são estimulados a participar do cuidado do bebê, que deve ter o contato pele a pele com a mãe. Essa estratégia o faz ganhar mais peso, se manter estável, aumenta a competência do pais no cuidado com a criança, estimula o aleitamento materno, diminui infecção hospitalar porque o recém-nascido fica colonizado com as bactérias da mão e favorece a desospitalização”, frisou.
A eficácia do método Canguru é baseada em estudos científicos. De acordo com a coordenadora estadual do Método Canguru e neonatologista do HMI, Maria Bárbara Franco, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que se 95% das intervenções do método Canguru for aplicada, a redução de morte de prematuro chega a 48%. Por isso, a orientação sobre a estratégia começa durante o pré-natal.
Na unidade, a metodologia é aplicada com regularidade pelo fato de ser referência para gestação de alto risco o que significa nascimentos de muitos prematuros. Somente entre 2014 e 11 de julho de 2016, nasceram 2.298 prematuros no HMI.
O método
O Método Canguru foi inicialmente idealizado na Colômbia no ano de 1979, no Instituto Materno Infantil de Bogotá, pelos Dr. Reys Sanabria e Dr. Hector Martinez, como proposta de melhorar os cuidados prestados ao recém‑nascido pré‑termo naquele país, visando reduzir os custos da assistência perinatal e promover, através do contato pele a pele precoce entre a mãe e o seu bebê, maior vínculo afetivo, maior estabilidade térmica e melhor desenvolvimento.