Houve tentativa de roubo do corpo de idoso de necrotério em Goiânia, acredita polícia
A Polícia Civil acredita que houve tentativa de roubo do corpo de José Guedes de…
A Polícia Civil acredita que houve tentativa de roubo do corpo de José Guedes de Melo de um necrotério em Goiânia. No entanto, por motivos ainda desconhecidos, o responsável pelo crime desistiu do ato. Em seguida, abandonou o corpo do idoso aos fundos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu. Além disso, a investigação não encontrou indícios de maus-tratos ou homicídio.
Ao Mais Goiás, o delegado Carlos Alfama afirma que não há respostas para o caso até o momento. A polícia sequer tem um suspeito ou mesmo desconfia da motivação para o delito.
Para o avanço da apuração, o investigador aguarda o laudo cadavérico. Enquanto isso, a polícia já ouviu testemunhas. Entre eles estão os funcionários da UPA e os de uma clínica de reabilitação, onde a vítima vivia.
“Aparentemente ele morreu de causa natural e alguém tentou subtrair seu cadáver do necrotério. Tem lesões no corpo da vítima, mas, aparentemente são lesões do transporta do corpo já sem vida. Não há indícios de maus-tratos, nem de homicídio”, afirmou o delegado.
O investigador negou existirem lesões que apontem violência sexual.
A vítima
José era natural do Rio Grande do Norte, mas, estava internado em uma clínica de reabilitação em Abadia de Goiás por vício em álcool. Por volta das 22h30 de domingo (21), o idoso foi encontrado desacordado na clínica e encaminhado para a UPA por funcionários da instituição de reabilitação.
Os filhos da vítima afirmaram que vão ao Instituto Médico Legal (IML) para pegar o laudo com a causa da morte e que também querem descobrir o que aconteceu na clínica e no hospital.
Segundo as filhas de José, ele estava se recuperando bem na clínica e receberia alta em janeiro do ano que vem. “Ele estava bem e esperando pela saída”, lamentou a filha.
A morte
Ainda segundo o investigador, José chegou à unidade médica tendo uma parada cardíaca. Porém, a causa da morte é cerebral. “Ouvimos os funcionários da clínica e da UPA. Todas as versões coincidem!”, detalhou.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia informou que os médicos tentaram reanimar José, mas sem sucesso. O corpo então foi conduzido ao necrotério. Por volta das duas da manhã, as equipes sentiram falta do cadáver e então o encontraram atrás da UPA, com a ajuda da Polícia Militar (PM).
“O paciente já chegou em parada cardíaca e, por quase uma hora, a equipe realizou procedimentos de reanimação. A morte foi constatada às 23h52 e o Serviço de Investigação de Óbitos de Goiânia acionado para que fosse investigada a possível causa da morte. Mas cerca de uma hora depois, profissionais da UPA descobriram que o corpo não estava mais no necrotério da unidade e a PM foi acionada”, declarou a SMS em nota.
Câmeras estavam desligadas quando corpo sumiu do necrotério em Goiânia
Ainda segundo a Secretaria, uma equipe técnica foi designada para averiguar o ocorrido na UPA. Há câmeras instaladas na unidade, mas elas não funcionavam. O falta das imagens é outro fator que limita a investigação.
A secretaria alegou que já assinou contrato com uma empresa especializada na prestação de serviços de monitoramento e de segurança eletrônica e que, em breve, todas as unidades de urgência do município passaram a ser monitoradas 24 horas por dia.
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*Larissa Feitosa compõe programa de estágio do Mais Goiás sob supervisão de Hugo Oliveira.