GO: hospital adota terapia por ‘pressão negativa’ e reduz lesões em pacientes acamados
A nova técnica acelera a cicatrização e diminui o risco de infecções em pacientes acamados ou com mobilidade reduzida

O Hospital de Urgências de Goiás (Hugo) adotou a terapia por pressão negativa para tratar lesões por pressão, popularmente conhecidas como escaras ou úlceras de pressão. Segundo a unidade, a técnica reduziu os casos em 57%. O procedimento acelera a cicatrização e diminui o risco de infecções, fazendo o número de lesões cair de 80 para 34 em seis meses, com 84% menos complicações graves.
Essas lesões surgem devido à pressão prolongada sobre áreas ósseas, comprometendo a circulação e causando danos aos tecidos. Pacientes acamados e com mobilidade reduzida, sendo o último, os mais vulneráveis.
Fatores que contribuem para o problema incluem:
- Pressão constante: A compressão impede a oxigenação dos tecidos.
- Fricção e cisalhamento: O atrito com superfícies entre a pele e tecidos pode agravar a lesão.
- Umidade: Suor e secreções fragilizam a pele.
- Má circulação e nutrição deficiente: A recuperação dos tecidos é prejudicada.
Sem tratamento, as lesões podem evoluir para feridas abertas, elevando o risco de infecções.
A terapia por pressão negativa utiliza um curativo especial que cria vácuo sobre a lesão, removendo secreções e estimulando a circulação, o que acelera a cicatrização e reduz complicações. Segundo a gestão do HUGO, realizada pela Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, a unidade é a única da rede estadual em Goiás a oferecer essa tecnologia.
Além do curativo a vácuo, a equipe de enfermagem recebeu treinamentos para aprimorar os cuidados. Foram adotadas técnicas como mudança frequente de posição, uso de posicionadores e coberturas avançadas para curativos.
A diretora do hospital, Fabiana Rolla, afirma que essas medidas melhoram a qualidade do atendimento e ajudam a reduzir o tempo de internação. “A lesão por pressão é evitável, e estamos investindo em ações para diminuir sua incidência”, destacou.