ICMS da gasolina não aumentou, mas a base de cálculo sim
Saiba como é composto o preço que você paga de gasolina no posto
Como já afirmou o governo de Goiás, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina não aumentou, de fato. Contudo, a base de cálculo sim.
É o que explica o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade. Segundo ele, o ICMS utiliza realmente a mesma alíquota de 2016, mas como ele tem por referência preço médio ponderado final (o preço que está na bomba do posto a cada 15 dias), a base de cálculo aumentou.
“30% de R$ 4 não é o mesmo de 30% de R$ 6”, expõe. Desta forma, ela aponta que a receita do Estado aumentou com a variação do preço final do combustível.
Apesar disso, ele não acredita que o ICMS seja o motivo do preço estar tão alto. “O que motivou o aumento é Petrobras ao adotar uma política de acompanhar o mercado internacional. Estamos ganhando em real e pagando em dólar”, argumenta.
Nesta quinta-feira (19), por volta das 15h, uma dólar valia R$ 5,40. Mais cedo, a moeda dos Estados Unidos chegou a bater R$ 5,45.
Além do ICMS
Márcio destaca que, neste momento, a média da gasolina em Goiás é de R$ 6,27, enquanto a de Goiânia, R$ 6,35 – a variação se dá por cidade por causa de frete e margem de lucro.