Idosa de Goiânia faz primeira tatuagem aos 91 anos para pagar promessa: ‘ninguém acreditava’
Idosa prometeu que se o neto fosse aprovado no vestibular para o curso de medicina faria uma tatuagem
A idosa Líbia Guerreiro do Valle surpreendeu a família e fez a sua primeira tatuagem aos 91 anos, nesta terça-feira (15), em Goiânia. Segundo as filhas da idosa, Márcia e Cláudia Guerreiro, a mãe havia feito uma promessa à Nossa Senhora Aparecida, de que se o neto fosse aprovado no vestibular para o curso de medicina, ela faria uma tatuagem. O rapaz conseguiu a aprovação e dona Líbia cumpriu a promessa em homenagem à santa.
Dona Líbia nasceu em Araguari, no estado de Minas Gerais, mas já mora em Goiânia há 60 anos e se considera goiana de coração. A filha dela, Márcia, ressaltou que a idosa sempre foi dona de casa e, assim, criou três filhos com muita alegria e amor.
“Minha mãe é cabeça aberta, nunca recriminou nada. A família apoia tudo que ela quer fazer. É uma questão de respeito! Ela está encantada com a Nossa Senhora e ficou linda mesmo”, comentou Cláudia.
Ao Mais Goiás, Márcia comentou que ninguém acreditava que idosa teria mesmo coragem de fazer a tatuagem. Porém, Líbia surpreendeu a todos. “Disse que não dói nada, ficou super feliz. Ninguém acreditava, mas foi uma festa! Ela é super animada”, disse Márcia, orgulhosa da mãe.
A sessão para homenagear a santa e para pagar a promessa aconteceu nesta quinta-feira (15), em um estúdio de tatuagem na capital. O tatuador, Luã Luis Evangelista Queiroz, também conhecido como DaLua, trabalha na área a aproximadamente 3 anos e meio e disse que é a segunda vez que tatua uma pessoa com mais idade.
“Até hoje, o máximo que eu havia tatuado era uma senhora de 88 anos de idade, na ocasião ela estava bem debilitado então atendi ela em seu apartamento, levando o material até ela”, lembrou Luã.
Segundo o tatuador, é sempre um desafio tatuar pessoas com a idade mais avançada, pois exige uma atenção redobrada com a aceitação da pele com o procedimento. “Mas depois que começa e eu percebo a pele e suas peculiaridades, costuma ser igual peles mais jovens. Com relação a dor, percebo que os idosos são bem mais resistentes”, disse Luã.
Luã comenta que o preconceito com relação às tatuagens tem diminuído a cada ano. “Tenho clientes das mais diversas áreas de profissão e percebo que o preconceito já é praticamente nulo em todos os ambientes de trabalho. Acredito que é difícil um ambiente familiar onde pelo menos um ente querido não tenha tatuagem, isso querendo ou não quebra barreiras e desmistifica preconceitos”, argumentou.