Idoso é preso ao tentar aplicar golpe que renderia R$ 1 milhão
O suspeito já havia recebido dois cheques de R$ 400 mil e uma transferência de R$ 200 mil, mas conseguiu sacar apenas R$ 5,6 mil
Um idoso de 63 anos foi preso em flagrante no momento em que concluiria um golpe envolvendo precatório da União que lhe renderia R$ 1 milhão. O caso ocorreu em Goiânia, na última sexta-feira (7), e a Polícia Civil impediu que Alexandre Vieira de Rezende Rattes recebesse valores referentes a depósitos de dois cheques de R$ 400 mil cada, além de evitar o saque de R$ 200 mil que já tinha sido transferido para a conta do suspeito.
O caso foi descoberto após funcionários de um banco localizado no Setor Leste Universitário, em Goiânia, desconfiarem dos documentos apresentados pelo suspeito que tentava sacar R$ 100 mil. Receosos, os servidores acionaram a corporação e informaram o ocorrido.
Ao chegarem na agência, os agentes do Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (GREEF), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), descobriram que Alexandre Vieira usava nome e dados de um outro homem que teria direito a receber mais de R$ 2,2 milhões em precatórios.
Negociação
De acordo com as investigações, utilizando de dados falsos, Alexandre teria oferecido R$ 1 milhão a uma empresa jurídica pela venda de precatórios pertencentes a outra pessoa. “Quando foi preso o suspeito já havia sacado, em dias anteriores, o valor de R$ 5, 6 mil. No entanto, nós conseguimos sustar os dois cheques de R$ 400 mil cada e impedir que ele retirasse quase R$ 200 mil, ou seja, recuperamos, no total, R$ 995.681, relatou o delegado Olemar Santiago.
A Polícia trabalha agora no sentido de identificar outros estelionatários que teriam ajudado Alexandre a aplicar o golpe. O idoso, que já possuía antecedente criminal por homicídio, foi autuado em flagrante por falsificação de documento público e estelionato, crimes que têm pena de reclusão que pode chegar a até cinco anos.
De acordo com Olemar Santiago, “a imagem do suspeito foi divulgada em razão da primazia do interesse público sobre o privado e pela própria espécie delitiva, que pressupõe o uso de artifícios, como a identidade falsa, para permitir os mais variados tipos de golpes, bem como a possibilidade do investigado ter feito outras vítimas que possam reconhecê-lo como autor de outros crimes de estelionato”.