Idoso morre após ser atendido em hospital em Pirenópolis
Homem de 64 anos faleceu após ser liberado do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime com sintomas de infarto. Família responsabiliza a unidade de saúde pela morte
Lúcio Flávio Abrantes, de 64 anos, faleceu na madrugada desta sexta-feira (22) na cidade de Pirenópolis. O aposentado foi levado ao Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime pela esposa com sintomas de infarto, foi medicado e liberado. A família responsabiliza o hospital pela morte.
Em entrevista concedida ao Mais Goiás, a filha de Lúcio, Vanessa da Paixão Leal, contou que o pai foi levado pela mãe ao hospital por volta das 17 horas com dores no peito e dificuldades de respirar. No local, o aposentado passou por exames e teve o diagnóstico de inchaço no fígado e no coração, além de apresentar taxa elevada de diabetes.
Lúcio recebeu medicação intravenosa até a meia-noite e ficou em observação, sendo liberado em seguida pelos médicos. Segundo Vanessa, sua mãe solicitou que o homem fosse transferido para Anápolis para ser internado, mas a equipe médica recusou o pedido, alegando que ele não sobreviveria ao trajeto.
Por volta da 1 hora , Lúcio e a esposa chegaram em casa e, antes de dormir, o homem reclamou que ainda estava sentindo dores. Quando a mãe de Vanessa acordou às 6h, o marido já havia falecido.
Como a delegacia de Pirenópolis está fechada, Vanessa precisou se deslocar até uma cidade próxima, Corumbá de Goiás, para fazer um boletim de ocorrência e solicitar uma equipe do Instituto Médico Legal (IML), uma vez que o homem faleceu em casa.
Sem resultado, Vanessa procurou uma delegacia móvel onde foi atendida e informada de que o IML estaria a caminho o mais rápido possível. Estima-se que o idoso tenha morrido por volta das 2 horas, mas o corpo só foi recolhido às 17 horas.
Resposta
Em nota, o Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime lamentou a morte de Lúcio e informou que tem interesse na apuração do caso, o que deve acontecer após a emissão do laudo do IML. A unidade de saúde afirmou ainda que o paciente foi avaliado, passou por todos os exames e procedimentos necessários e só foi liberado quando apresentou melhora.
O Mais Goiás também entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Estado de Goiás (SSPAP), responsável pelo IML, e com a Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Goiás, mas até o fechamento desta matéria não houve retorno.
* Amanda Sales é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo