Idoso morto em Catalão não teria deixado o assassino dormir na casa dele, diz polícia
Em depoimento, suspeito contou que esfaqueou o idoso após ser impedido de dormir na residência e expulso do local
O suspeito de esfaquear um idoso de 66 anos que dormia no sofá da sala prestou depoimento na Delegacia de Catalão. O homem foi preso na quarta-feira (12) e confessou o crime. Segundo ele, os dois teriam combinado que o suspeito dormiria na residência, mas o idoso mudou de ideia e o expulsou do local.
“Ele e a vítima tinham o hábito de beberem juntos. No dia do crime, os dois beberam juntos durante a tarde, depois ele (suspeito) foi embora e bebeu em outros locais e a noite ele voltou para continuar bebendo com a vítima. Em certo momento, ele pediu para dormir na casa da vítima, mas a vítima não quis deixar. Ele continuou insistindo e a vítima recusando e isso gerou uma discussão” conta a delegada Yvve Melo, responsável pela investigação.
De acordo com a delegada, eventualmente, a vítima permitia que algumas pessoas dormissem na residência, fato que irritou o suspeito que não recebeu a permissão para dormir no local. Após a discussão, o idoso teria expulsado o homem de 27 anos da casa.
Suspeito escondeu uma faca na esquina da casa do idoso
Depois que o suspeito saiu, o idoso se deitou no sofá da sala e adormeceu. Enquanto isso, o suspeito foi até uma esquina próxima da casa, pegou uma faca que ele havia escondido no local, voltou para a casa do idoso e deferiu três golpes contra ele.
Segundo a delegada, o homem tem passagem pela polícia e tinha o costume de carregar uma faca para se proteger. “Depois que ele saiu da casa, ele foi até a esquina onde tinha deixado uma faca, pegou a faca, voltou na casa e deferiu três golpes na vítima. Segundo ele, ele andava com essa faca por já ter cumprido pena em unidade prisional, e de fato já, e lá esse sofreu ameaças”, relata.
O idoso foi socorrido e encaminhado para a Santa Casa de Catalão onde ficou internado por algumas horas e faleceu na manhã do dia 25 de dezembro.
O suspeito foi indiciado por homicídio duplamente qualificado com pena de 12 a 30 anos de reclusão.
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