Incêndio atinge laboratório do curso de Engenharia de Alimentos da UFG
Dois professores apagaram as chamas que por pouco não se espalharam pelo laboratório. Ninguém ficou ferido
Um incêndio atingiu o laboratório de análise de alimentos, do curso de Engenharia de Alimentos, da Universidade Federal de Goiás (UFG), na manhã desta terça-feira (6). Dois professores ajudaram a conter as chamas.
O acidente aconteceu por volta de 11h30. Um professor tinha agendado uma aula de pós-graduação no laboratório e estava aquecendo uma água com um equipamento quando a mangueira de gás se rompeu e causou o incêndio. No momento, apenas dois alunos estavam no laboratório e eles correram e avisaram o professor.
“Enquanto a água aquecia eu levei outros alunos no laboratório ao lado para outros procedimentos, quando o aluno chegou correndo informando o acidente”, conta o professor Gabriel Castiglione, do curso de Engenharia de Alimentos.
No laboratório havia reagentes químicos altamente inflamáveis, como etanol. O professor Gabriel contou com a ajuda de outro professor para desligar o gás e evitar explosões. Logo depois, eles entraram na sala para conter as chamas.
O fogo atingiu equipamentos do laboratório, ar condicionado e a geladeira. Parte da bancada e do chão também ficaram destruídos.
Apesar do susto, nenhum aluno ou docente ficou ferido, mas os professores se queixaram de tonturas e dores cabeça depois de inalar a fumaça tóxica. Eles foram até o posto médico da UFG, mas foram informados de que não havia médicos no local.
“Eu e o professor Gilberto Goulart tivemos que ir até um Cais, onde fomos medicados. Passei a noite toda sentido tonturas e hoje (7), procurei uma unidade particular para fazer alguns exames,” diz Gabriel.
A professora Tatiane Ferreira, do curso de Engenharia de Alimentos, disse que foram minutos de pânico. “Foi desesperador, ficamos preocupados porque o laboratório possuí muito material inflamável, então o fogo poderia espalhar rapidamente. Mas nossos professores foram rápidos e conseguiram conter as chamas”, afirma.
Falta de Segurança
A falta de equipamentos para conter o fogo preocuparam os professores. Segundo o professor Gabriel Castiglione, que ajudou a conter as chamas, a universidade mostrou despreparo para situações de emergência. “Nós encontramos apenas um extintor de incêndio na área. No momento de entrar na sala para conter as chamas não tinha nenhuma máscara. Eu e o professor Gilberto inalamos a fumaça”, conta.
A professora Tatiane também questionou a falta de segurança. Segundo ela, os laboratórios não tem extintores, máscaras e sinalizadores.
O Presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal de Goiás (Adfug), Flávio Alves da Silva, espera que a nova gestão da UFG se preocupe com a questão da segurança. “A gente espera que a preocupação com a segurança dos professores e alunos da Universidade seja uma das prioridades da nova gestão da UFG”, reivindica.
O incêndio também ocorre em meio à discussão sobre a redução no adicional de insalubridade dos professores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) de 20% para 10%. Em janeiro, servidores ameaçaram não iniciar as aulas deste ano caso o corte fosse efetuado.
O Mais Goiás entrou em contato com a assessoria de imprensa da UFG, mas não tivemos retorno.