Incêndio continua devastando a Chapada dos Veadeiros
O fogo continua devastando o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no norte do Estado,…
O fogo continua devastando o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, no norte do Estado, sem previsão de ser extinguido. Desde terça-feira (17), as chamas consomem a fauna e a flora da unidade de preservação. Antes disso, um incêndio que teve início no dia 10 já havia causado grandes estragos no local. O fogo foi controlado no dia 16, apenas para retornar poucas horas depois às margens da rodovia GO-118, se alastraram pelo interior do parque
Até o fim da tarde desta quinta (19), 80 brigadistas e quatro aviões-tanque, contratados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), e mais um helicóptero do PrevFogo, do Ibama, atuavam no combate ao fogo. No momento, o Corpo de Bombeiros não participa da ação já que a unidade mais próxima da corporação está localizada em Minaçu.
Segundo o diretor do parque, Fernando Tatagiba, o trabalho da força-tarefa que atua no local no momento é no sentido de evitar que o fogo alcance a área de visitação. “O fogo no Parque Nacional está concentrado entre Alto Paraíso e Cavalcante, acima do Rio Preto e próximo à trilha das Sete Quedas”, explica.
Os aviões-tanques fazem voos rasantes sobre as áreas atingidas pelo fogo, lançando água sobre as chamas. Em terra, o trabalho fica por conta dos brigadistas, que foram divididos em dois grupos – um com 60 homens em Alto Paraíso e outro com 20 homens em Cavalcante. Os trabalhos vão continuar durante esta sexta-feira (20).
Em nota, o ICMBio informou que a suspeita é que o incêndio tenha sido criminoso, pois a área de início das chamas foi em uma região de aceiros, que funcionam como barreira para diminuir a intensidade dos incêndios. “Acreditamos também nessa possibilidade, já que o início das chamas se deu nas margens da rodovia. Qualquer produto que se jogue no mato seco, as chamas se iniciam e se propagam facilmente”, destaca Fernando.
A assessoria de imprensa da ICMBio informou que 30 mil hectares do parque já foram consumidos pelo fogo desde o incêndio anterior, iniciado no dia 10. O número corresponde a aproximadamente 12,5% do parque, que tem 240 mil hectares.
O órgão vai esperar o fim do incêndio para calcular os danos provocados à fauna e à flora locais. Não há uma estimativa precisa do tempo que o parque precisaria para se recuperar, já que cada tipo de vegetação responde de uma forma e outros fatores precisam ser levados em consideração, inclusive o clima.
Reunião de emergência
Para buscar soluções para a tragédia ambiental, uma reunião de emergência foi realizada nesta quinta-feira (19) entre Secima, Ibama, ICMBio, Prefeitura de Alto Paraíso e Corpo de Bombeiros. O objetivo é buscar soluções e traçar estratégias integradas de ação que coíbam ações criminosas de promoção de incêndios em unidades de conservação. Nenhuma medida concreta foi anunciada após o encontro.