Crime ambiental

Incêndio no Parque Altamiro de Moura Pacheco em 2017 foi criminoso, afirma polícia

Chacareiro de propriedade que fica às margens da BR-153 foi indiciado em dois crimes

O incêndio que em 2017 consumiu 3.750 hectares do Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco, na Grande Goiânia, foi criminoso. A conclusão é da Polícia Civil, que baseada em dados fornecidos pelo Instituto de Criminalística, indiciou, em dois crimes, o chacareiro de uma propriedade que fica às margens da BR-153.

“Após algumas visitas, imagens feitas por vídeo satélite, e mapeamento por georreferenciamento, nós conseguimos identificar que o fogo foi começou na frente de uma pequena propriedade”, explicou o diretor do Instituto de Criminalística, Humberto de Almeida.

Baseado nas informações recebidas, o titular da Delegacia Estadual do Meio Ambiente (Dema), Luziano de Carvalho, indiciou o chacareiro Gleison Maranhão Pimentel, de 35 anos, por danos à unidade de conservação, e incêndio. Juntos, os dois crimes preveem condenação de até nove anos de reclusão.

O chacareiro já prestou depoimento, e responde ao processo em liberdade. “Infelizmente é comum em Goiás, principalmente na área rural, as pessoas colocarem fogo no lixo, ou mesmo na mata em frente à sua propriedade, sem se importar com as chamas que vão se espalhar, e esse caso em específico, onde o chacareiro foi identificado, serve exatamente para alertar que quem faz isso está sujeito a ser indiciado e preso”, afirmou o titular da Dema.

O incêndio de 2017 no Parque Ecológico Altamiro de Moura Pacheco demorou uma semana até ser controlado pelos Bombeiros, e atingiu matas, animais e nascentes em quatro municípios: Goiânia, Nerópolis, Goianápolis, e Teresópolis.