Incêndio no Parque Altamiro de Moura Pacheco já consumiu 56 hectares
Fogo também devasta áreas de conservação no Parque Serra Dourada. Corpo de Bombeiros atua no combate às chamas com auxílio de voluntários
O incêndio que atinge o Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco já devastou mais de 56 hectares de área preservada. De acordo com o chefe da Unidade de Conservação (UC), Marcelo Pacheco, a força-tarefa de combate ao fogo no local tem a ajuda de voluntários e servidores da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Segundo Pacheco, o incêndio teve início em algumas propriedades rurais do entorno do parque. A expectativa é de que os focos sejam controlados totalmente ainda na manhã desta segunda-feira (14). Para que as chamas não ultrapassem os limites de atuação dos brigadistas, as equipes fizeram aceiros (aberturas na vegetação que atuam como barreira para retardar o avanço do fogo).
Para auxiliar no combate às chamas, o Corpo de Bombeiros (CBMGO) tem seis viaturas, abafadores, dois tratores e um drone, que permite uma visão mais ampla da região. Na manhã desta segunda, mais duas viaturas foram enviadas para o local.
O Parque Altamiro de Moura Pacheco é o mais importante espaço de preservação ambiental na região metropolitana de Goiânia. Junto com o Parque João Leite, somam cerca de 5 mil hectares de área preservada, possuem quase 300 espécies de animais e cerca de 500 espécies de plantas.
Parque Serra Dourada
Um outro incêndio devasta áreas de conservação do Parque Estadual da Serra Dourada, entre Cidade de Goiás e o município de Mossâmedes. Segundo o Corpo de Bombeiros, no local trabalham cinco brigadistas da Organização Não Governamental (ONG) Aliança da Terra e quatro bombeiros militares. Outros 10 homens do CBMGO vão reforçar a equipe a partir desta segunda.
Maurício da Veiga Jácomo, diretor do parque, diz que o fogo teve início na última sexta-feira (11). “A previsão é que os focos sejam controlados no máximo até a próxima terça-feira (15). Isso depende das condições climáticas, entre elas a velocidade do vento”, esclarece.
De acordo com o tenente Thyago Rodrigues, o combate às chamas no local é dificultado pela região ser formada por diversas serras. “Tentaremos eliminar os focos de incêndio ainda hoje. Foi feito o acionamento de uma força-tarefa regional, além de equipes que fazem parte da Operação Cerrado Vivo”, afirma.
O Corpo de Bombeiros ressalta que precisa do apoio da população na prevenção às queimadas. “É importante que as pessoas se conscientizem da importância de evitar queimadas nesta época do ano. O calor intenso e os ventos fortes, aliados à baixa umidade do ar, formam condições propícias aos incêndios em vegetação e colocam em risco a fauna, a flora e prejudica a qualidade do ar”.
O Mais Goiás entrou em contato com o Ibama e o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) de Goiás, para informações sobre a morte e o resgate de animais silvestres mortos nos incêndios florestais, mas até a publicação da matéria não obteve retorno.
https://www.emaisgoias.com.br/queimadas-no-pantanal-e-estiagem-causam-preocupacao-em-mt-e-ms/