Indicadores da covid em Aparecida são bons
Dos oito indicadores utilizados para monitoramento da pandemia em Aparecida de Goiânia, o município possui…
Dos oito indicadores utilizados para monitoramento da pandemia em Aparecida de Goiânia, o município possui um considerado alto: o de letalidade. No entanto, segundo a matriz de risco, o município poderá evoluir para o cenário verde da pandemia, com abertura das atividades consideradas não essenciais aos domingos, a partir da próxima sexta-feira (30).
O município tem 1,85 na taxa de letalidade, com a meta estabelecida de chegar a pelo menos 1,5. A média do Estado é de 2,8. No entanto, outros indicativos, com o R, que mostra a taxa de contaminação, é considerado baixo e está abaixo de 1.
Os outros indicadores são: número de casos ativos; o número de novos casos ativos por dia; o percentual de resultados positivos entre os exames do tipo RT-PCR realizados; o tempo médio para obtenção dos resultados dos testes; a taxa de ocupação de Leitos de UTI Covid-19; e o percentual de profissionais de saúde afastados.
Atualmente Aparecida soma nove pontos de risco, dos oito indicadores estabelecidos para monitoramento da Covid-19. A matriz de risco estabelecida pelo munícipio, instituiu cinco cenários: verde, amarelo, laranja e vermelho, com avaliação de pontuação nos oitos índices de monitoramento. Com pontuações que vão de 1 a acima de 20, de acordo com a maior gravidade da pandemia.
Mesmo sob o cenário verde, o município ainda mantém proibição de eventos e atividades como shows e festas. Também não são permitidos música ao vivo em bares e restaurantes.
Segundo o painel da Secretaria Municipal de Saúde, Aparecida registrou 147 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas e possui 875 casos ativos. São 1.144 óbitos desde o início da pandemia. Já a taxa de ocupação de UTI está em 59%.
Escalonamento
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães, a evolução do cenário se dá pela forma como a pandemia foi tratada em Aparecida, com escalonamento das atividades por zonas. O gestor aponta a experiência já usada em 2020 como crucial para que a ação na segunda onda. “Tinhámos a experiência do escalonamento, em como a população reage”, aponta.
Alessandro Melo também avalia que a estratégica não foi focada somente no distanciamento social, que é crucial, mas em uma política pública de monitoramento e ação, com testagens em massa, próximas de 1,5 mil diárias. Neste sentido, a rápida ocupação de leitos registrada em março pôde ser antevista. “Nos testes que realizamos já aparecia um aumento no número de contaminações. Por isso, pudemos agir rápido”, avalia.
O prefeito Gustavo Mendanha (MDB), no entanto, foi alvo de críticas por adotar um modelo diferente do adotado pela Região Metropolitana já em meados de março. Enquanto municípios como Goiânia determinaram fechamento total das atividades, Aparecida voltou ao escalonamento por zonas semelhante ao de 2020. Os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no período chegaram a ficar próximos da ocupação total.
“Antes da pressão de leitos da UTI, observamos um aumento na positivade dos exames. Assim, conseguimos identificar o cenário por qual passaria. Testamos em média 1,5 mil por ida e realizamos mais de 260 mil exames. Estamos bem acima da média nacional”, avalia o secretário.
Neste sentido, segundo Alessandro Melo, é possível avaliar se o município também passará por uma terceira onda, apontada por autoridades de saúde como próxima, assim como já registrada em alguns países da Europa. “Testamos praticamente 400 pessoas a cada 1 mil. Além disso, monitoramos a pandemia diariamente. Caso encontremos alterações nos indicadores convocamos o Comitê de Operações Especiais para reforçarmos o combate”, aponta.