Infecção de cepa ômicron em pessoas não vacinadas pode gerar novas variantes, diz secretário
A infecção da cepa ômicron em pessoas que ainda não se vacinaram com a segunda…
A infecção da cepa ômicron em pessoas que ainda não se vacinaram com a segunda dose aumenta as possibilidades de mutações e podem gerar uma nova variante do coronavírus. A afirmação é do secretário de estado da Saúde, Ismael Alexandrino. “Temos um quantitativo muito grande de pessoas que ainda não se vacinaram com a segunda dose. Quando o vírus se transmite de forma rápida em pessoas não vacinadas, há maior possibilidade de que o ele sofra mutações e gere novas variantes”, disse.
Segundo o secretário, que apresentou dados em entrevista à TV Anhanguera, Goiás tem mais de 700 mil pessoas que ainda não se vacinaram com a segunda dose de imunizantes. Em Aparecida, onde os primeiros casos da de infecção da variante foram identificados no estado, são 50 mil pessoas sem o esquema vacinal completo. A estimativa é da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida.
Aparecida identificou dois casos de nova variante
Até o momento, Aparecida identificou dois casos de contaminação pela variante ômicron. Nos dias 8 e 9 de dezembro duas mulheres residentes em Aparecida testaram positivo para o coronavírus e informaram que tiveram contato com um casal de missionários vindos de Luanda, na África.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) investigou a situação epidemiológica dos indivíduos e tiveram informação que o casal de missionários desembarcou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo com o teste do PCR negativo para a Covid. Eles vieram participar de um evento religioso em Goiânia.
Mesmo com teste negativo para a Covid-19 no casal que teve contato com as mulheres, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) fez o sequenciamento genômico do material genético delas e confirmou a presença da variante ômicron. De acordo com a diretora de Avaliação de Políticas de Saúde da SMS de Aparecida, Erika Lopes, o trabalho de sequenciamento genômico é importante para se conhecer o padrão de dispersão e evolução do vírus.
Saúde defende exigência de passaporte de vacina para combater variante ômicron
Ismael alerta para a atenção ao uso da máscara em grandes aglomerações e a necessidade de garantir controle de acesso de pessoas a alguns ambientes com a exigência do esquema vacinal completo. “Em shows, eventos fechados, boates, teatros e cinemas deve-se exigir o passaporte da vacina. Não podemos abrir mão disso”, defendeu.
O secretário reforça que é preciso ter cautela e deixar muito claro que as inverdades sobre a vacinação que as pessoas insistem em espalhar precisam ser combatidas. “As vacinas não são experimentais. Elas são eficientes, eficazes e efetivas. A vacinação não serve para colocar nenhum chip nas pessoas e é absolutamente segura”, disse.
Segundo Ismael, é necessário que a imunização com as duas doses avance em, pelo menos, 70% da população do estado. “No momento, estamos em cerca de 60%. Então, não é hora de relaxar. Todo cuidado é pouco para nós não retrocedermos ao que foi o ano passado e o início deste ano”, concluiu.