Operação Garras Virtuais

Influenciadoras estão na mira da PC por golpes com jogo do tigrinho em Goiás

Mulheres usavam redes sociais para convencer seguidores a apostarem em jogos falsos

Três influenciadoras digitais são investigadas por suspeita de envolvimento em golpes por meio do jogo do tigrinho, em Goiás e São Paulo. De acordo com a Polícia Civil (PC), mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra elas em Luziânia (GO), Cristalina (GO) e São José dos Campos (SP).

O delegado Rony Loureiro afirma que as influenciadoras utilizavam plataformas digitais para incentivar pessoas a participar de apostas falsas, especialmente por meio do ‘jogo do tigrinho’.

Golpes com jogo do tigrinho e afins trazem sérias consequências para vítimas, diz delegado

“Elas simulavam ganhos expressivos, atraindo usuários e recebendo comissões a cada cadastro realizado, enquanto mantinham um estilo de vida de luxo exibido nas redes sociais”, explicou Loureiro.

Rony explica que a exploração de jogos de azar e a prática de estelionato são crimes que acarretam sérias consequências para as vítimas, levando muitas a endividamentos profundos e a situações de dependência.

Influenciadoras investigadas recebiam bolsa família e auxílio Brasil

Segundo o delegado, essas influencers não apenas enganaram os seguidores, mas também estavam cadastradas em programas sociais, como Bolsa Família e Auxílio Brasil. “Tudo isso enquanto realizavam viagens internacionais e adquiriam veículos e bens de alto valor”, ressalta.

Influenciadoras exibiam carros de até R$ 500 mil

Loureiro reforça ainda que, ao longo do tempo, as investigadas acumularam grandes quantias de dinheiro, o que lhes permitiu a compra de veículos de alto valor, incluindo carros de até R$ 500 mil.

“São carros, caminhonetes e outros bens de luxo. Apreendemos também celulares, computadores e outros itens que podem contribuir para a investigação e compreensão da dinâmica dos crimes”, observa.

Segundo ele, ações como essa são essenciais para desarticular esquemas criminosos que exploram a vulnerabilidade das pessoas e violam a lei. “Esse tipo de operação busca proteger a sociedade e garantir que os responsáveis respondam pelos crimes de estelionato, exploração de jogos de azar e lavagem de capitais”, conclui.

A Polícia Civil segue investigando o caso para apurar se há outras pessoas envolvidas no esquema.