Inquéritos contra pai de santo suspeito de abusos sexuais entram em fase final
Segundo a delegada da Deam, Cássia Sertão, ao todo, 11 procedimentos serão enviados ao judiciário. Delegada da DPCA, Caroline Borges, destaca que as denúncias envolvendo crianças já foram encaminhadas à Justiça
Os inquéritos que compõem as denúncias contra o pai de santo Oli Santos da Costa, de 62 anos, entram em fase final para serem revertidos ao Judiciário. De acordo com a delegada da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), Cássia Sertão, os documentos devem ser apresentados até a próxima semana. Ele é suspeito de abusar mulheres e adolescentes durante tratamentos espirituais no terreiro que atendia, no Setor Balneário Meia Ponte, em Goiânia.
Na delegacia, serão feitos 11 inquéritos. Quatro já estão relatados e todos serão encaminhados de uma só vez. Oli deve responder por violação sexual mediante fraude e importunação sexual. A delegada tem o prazo de apresentar os documentos até o próximo dia 1° de agosto.
Na Deam, Oli prestou depoimento apenas uma vez e alegou que era “amante” de algumas mulheres que o denunciaram. Ele não voltou à delegacia porque não ter apareceram novas denunciantes. De acordo com Cássia, as 11 vítimas contaram, em depoimento, que foram abusadas. O acusado teria dito a eles que isso era para “se libertarem de algum mal” ou para alcançar alguma “cura”.
Oli está preso desde o último dia 5 de julho, devido a um mandado solicitado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). Ele também é investigado por ter estuprado outras três menores de idade, entre 15 a 17 anos. A delegada à frente das investigações, Caroline Borges, destaca que o inquérito feito na delegacia já foi revertido ao Judiciário ainda na semana passada.
Segundo ela, apenas um procedimento foi aberto por se tratar de um mesmo caso e pelo mesmo crime. Oli também responderá por violação sexual mediante fraude e importunação sexual. O pai de santo continua preso. A delegada conta que solicitou a prisão dele “pelo fato de como agia e a periculosidade que representava.”
Em depoimento, a vítima de 15 anos contou que pedia par ele parar com os abusos pois sentia dor. “Ela tentou fugir dele em determina ocasião, mas o homem afirmava que aquilo fazia parte do tratamento espiritual. Nosso entendimento é que isto configura estupro”, disse Caroline.