Instituto oferece bolsas de estudo a alunos de escolas públicas de Goiás
Inscrições estão abertas e vão até o dia 27 de setembro
Alunos de escolas públicas de Goiás que cursam o 9° ano podem concorrer a bolsas de estudo em escolas particulares durante o ensino médio. A iniciativa é do Instituto Ser Tão Grande, uma entidade privada sem fins lucrativos que auxilia alunos de baixa renda.
Por meio desse projeto, os estudantes podem fazer o financiamento do ensino médio em instituições particulares de ensino, ter aulas de inglês, e até mesmo serem inseridos em programas de mentoria e orientação profissional. As inscrições estão abertas e vão até o dia 27 de setembro.
Os alunos que se enquadram nos quesitos devem fazer o cadastro no site www.institutosertaogrande.org. O processo seletivo vai até dezembro, e os estudantes selecionados já recebem a bolsa de estudos referente aos anos letivos de 2021, 2022 e 2023, além de uma dupla de mentores.
Experiência
A Cristal Borges é uma das participantes do projeto que foi contemplada com uma bolsa de estudos. “O projeto do Instituto é muito mais que um projeto acadêmico, pensam muito na mudança social. E eu acredito bastante na educação”.
Outro estudante, Iago Jacob, diz que estudou a maior parte da vida em escola pública e viu no Instituto uma grande oportunidade: “Há algum tempo eu pensei que era quase impossível fazer alguma coisa grande, como por exemplo, passar em uma olimpíada, e eu passei. Nunca imaginei que conseguiria tudo isso que estou vivendo”, relatou.
Sobre o Instituto
O Instituto Ser Tão Grande nasceu da ideia de dois goianos que acreditam haver muitos talentos e potencialidades que estão se perdendo pelo caminho por falta de oportunidades. “Sabe-se que 90% da nota do Enem é influenciada por fatores econômicos e culturais. Muitas oportunidades no Brasil e em Goiás nascem no berço, por pura seleção biológica aleatória. Nós queremos quebrar esse ciclo”, explica Ismael Cavalcante, um dos fundadores do instituto.
Outro fundador do projeto, Daniel Mortoni, lembra que grande parte dos jovens de 18 anos têm dificuldades em até mesmo calcular uma equação matemática simples. “Nós queremos impactar a educação como um todo. Nossa principal meta é dar perspectiva e abrir a visão de mundo desses jovens. Como sociedade precisamos mudar isso, e todas as iniciativas são bem-vindas”.