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Integrante de grupo suspeito de aplicar golpes com promessa de ‘fabricar’ dinheiro em Goiás é preso

Edilson Moura, um dos suspeitos de integrar um grupo goiano que aplicava golpes milionários com…

Edilson Moura, um dos suspeitos de integrar um grupo goiano que aplicava golpes milionários com promessa de ‘fabricar’ dinheiro, foi preso nesta quinta-feira (23), em São Paulo. Além dele, outros quatro membros da organização criminosa foram presos no dia anterior, durante a execução da chamada Operação Houdini, coordenada pelos Ministérios Públicos de Goiás (MP-GO) e do Distrito Federal.

Há pelo menos 20 anos, Edilson e os outros homens presos fingiam ser investidores, com ligações com a Casa da Moeda, deputados e agentes internacionais. Por meio desta farsa, aplicavam golpes dizendo que eram capazes de fabricar dinheiro em espécie. As vítimas seriam parceiros de negócios, que converteriam o dinheiro fabricado em produtos de alto valor agregado, como gado, grãos e ouro.

Investigação estima que o grupo criminoso já tenha vítimas em Goiás, Rondônia, Mato Grosso, São Paulo, Pará, Amazonas, Tocantins e Distrito Federal. Os golpes variavam entre R$ 300 mil e R$ 1,5 milhão por vítima.

Operação investiga grupo goiano suspeito de aplicar golpes de até R$ 1,5 milhão por vítima (Foto: Divulgação – MPGO)

Operação contra grupo que prometia ‘fabricar’ dinheiro

A operação, realizada na manhã de quarta (22), cumpriu mandados de prisão preventiva em relação a quatro dos seis denunciados: José Lúcio Antunes Costa, José Carlos Arantes Junior, Marketulio Carvalho Lourenço (conhecido como Paca) e Edsmauro Marques da Silva.

Evenilson Pereira da Silva, também conhecido como Elenilson Pereira da Silva, segue foragido. Já Edilson foi preso nesta quinta (23).

Além disso, também foram executados mandados de busca e apreensão em Goiânia, Senador Canedo, Jussara e Brasília (DF). Durante as buscas, foram apreendidas uma caminhonete Dodge Ram, duas BMWs e um HB20, além de itens de luxo e dinheiro em espécie.

Evenilson Pereira da Silva, também conhecido como Elenilson Pereira da Silva, segue foragido (Foto: Divulgação – MPGO)

A Justiça também determinou o bloqueio de bens dos investigados até o valor de R$ 1 milhão, além do sequestro de veículos.

No fim do dia, após a execução das medidas judiciais, o Ministério Público protocolou uma denúncia contra os envolvidos na operação, por organização criminosa e furto qualificado, com as qualificadoras de abuso de confiança e fraude.

O golpe

De acordo com o MP-GO, depois que os homens escolhiam suas vítimas, passavam a convencê-las de que precisavam de dinheiro verdadeiro para servir de molde ou de matriz para a produção. Assim, poderiam copiá-las de 7 a 10 vezes, da quantidade de cédulas que lhe fossem entregues.

Com o objetivo de convencer as vítimas a participar do falso esquema de fabricação de dinheiro, os réus marcavam um encontro com elas em um local luxuoso. Nesse local, montavam um falso laboratório improvisado e fingiam produzir o dinheiro falso. Eles chegavam a entregar notas verdadeiras para as vítimas, dizendo que se tratava de dinheiro que havia sido produzido previamente.