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Goiás está entre os estados brasileiros que pretendem pleitear em 2015 o Reconhecimento Internacional de Zona Livre de Peste Suína Clássica. Para isso, a coordenação do Programa Estadual de Sanidade dos Suídeos (Pess) da Agrodefesa intensifica as ações de vigilância e destaca a importância do criador participar desse processo por meio das notificações em casos específicos verificados nas granjas.
De acordo com a coordenadora do Pess, médica-veterinária Poliana de Souza Ferreira Junqueira do Val, toda vez que houver mortalidade acima de 2% em suínos reprodutores; acima de 15% em leitões de maternidade; acima de 7% em leitões de creche e acima de 9% em animais de terminação (lote de 4 meses), o granjeiro ou o responsável técnico deverá notificar de imediato o escritório local da Agrodefesa mais próximo.
“Esse monitoramento é importante porque favorece a vigilância nas granjas. Sempre que a Agrodefesa é notificada, um fiscal vai até o local, faz a vistoria clínica do rebanho e coleta amostras de sangue para descartar a peste suína clássica”, sem custos para o produtor, explica Poliana. A peste suína clássica é uma enfermidade contagiosa causada por vírus e pode ser fatal aos suínos.
Zona Livre
Pela facilidade de disseminação, a doença causa graves prejuízos à atividade. Atualmente, 16 estados integram a Zona Livre de Peste Suína Clássica no Brasil, reconhecidos nacionalmente. Em setembro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento encaminhou à OIE o pleito para Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ficando os outros estados para o próximo ano.
Além das ações voltadas para as granjas de suínos, a Agrodefesa promove ações nos frigoríficos por meio da colheita de amostras de soro em reprodutores de descarte e a Vigilância Ativa em propriedades de risco. “São três fiscalizações por município a cada mês em propriedades com suínos”, acrescenta a coordenadora do Pess. Soma-se às ações, o controle sanitário das Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas (GRSCs) e o Inquérito Soroepidemiológico em criatórios, realizado no último mês de julho, onde as 1.928 amostras colhidas, em 320 propriedades ainda estão sob análise do Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Pedro Leopoldo (MG)