PROTEÇÃO

Internação de idosos por causa de covid-19 em Goiás aumenta 70% entre junho e julho

Goiás registrou uma alta de 70% no número de internações de idosos por complicações da Covid-19 entre junho e julho deste ano

Até o momento, aplicação da dose extra se restringe somente a idosos institucionalizados (Foto: Agência Brasil)

A internação de idosos por causa de covid-19 em Goiás aumentou 70% entre junho e julho, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Segundo Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde do Estado, o fenômeno está relacionado ao fato de que os idosos foram os primeiros a tomar a primeira dose da vacina e que, a essa altura, os anticorpos já começam a cair.

Flúvia diz que é por este motivo que a prioridade agora deve ser aplicar uma dose extra de vacina todos os idosos em instituições de longa permanência, como asilos e abrigos.

Ao Mais Goiás, Flúvia explica que a redução de resposta do sistema imune em idosos se verifica a partir do sexto mês após a vacina contra a Covid-19. Porém, a superintendente destaca que essa condição biológica em verificada também nas vacinas contra a Influenza, por exemplo. Para conter o aumento de internações – já constatado em Goiás – e de mortalidade, Flúvia reafirma a necessidade do início rápido da aplicação da dose de reforço, ou “terceira dose”.

“É algo que a gente já vê nas vacinas, incluindo da Influenza. O que vimos na Influenza, estamos vendo agora nas vacinas de covid […]. Vamos começar na semana que vem com idosos institucionalizados, ou seja, que vivem em abrigos. A previsão é começar já na próxima semana, na próxima remessa”, adiantou. Vale apontar que esse grupo corresponde a cerca de 25 mil pessoas em Goiás.

Aplicação da dose extra em outros grupos não está definida

Ainda segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, após a conclusão dos institucionalizados, a aplicação da dose extra vai passar para idosos foi faixa etária, em ordem decrescente. Porém, pelo menos por enquanto, essa dose de reforço deve ficar restrita a esse grupo.

“Após finalizamos, tendo mais evidências, a gente pode avançar ou não [para outras faixas etárias]. Vai depender das evidências que surgirem. Mas nesse momento, a prioridade do reforço é para idosos institucionalizados”, concluiu.