COVID-19

Internação por Covid-19 em 2021 é 34% maior que pico de 2020, em Goiânia

No dia 3 de março deste ano, 225 pacientes estavam internados em leitos de UTI na capital goiana

Taxa de ocupação de leitos de UTI destinados à Covid-19 em Goiás, rede privada e pública, é de 97,79% no Estado e 96,59% em Goiânia. (Foto: istock)

O número de internações por Covid-19 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Goiânia, é 33,9% maior que o pico registrado no ano passado. No dia 3 de março deste ano, 225 pacientes estavam hospitalizados em acomodações deste tipo. O maior número registrado em 2020 foi de 168, em agosto daquele ano. Os dados constam em nota técnica produzida pela Secretaria Municipal de Saúde.

O documento ainda chama a atenção para a velocidade de crescimento de internação em leitos de UTI nos últimos dias, quando se comparado a outros períodos, com uma curva muito mais ascendente. Os dados mostram escalada sobretudo do início de fevereiro até o mês seguinte, quando saiu de 80 até os 225 considerados até então o pico de internação durante toda a pandemia na capital.

A nota técnica ainda aponta que houve aumento de 47,5% na quantidade de leitos UTI para pacientes com covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) ocupados na rede municipal de saúde em 7 dias. Os dados são referentes a 4 de março de 2021.

Os dados embasam a prorrogação por mais 7 dias das medidas de isolamento social adotadas na capital e na Região Metropolitana, já que a ocupação de leitos na rede municipal estão próximas a 99%, taxa também mais alta de toda a pandemia.

Leitos

Segundo a SMS, houve um aumento de 21,5% da quantidade de leitos UTI para atender as novas demandas. A nota aponta ainda que maior oferta de leito não reflete em menor risco de mortalidade pela doença, já que a capacidade assistencial da pasta em nenhum momento registrou colapso com 100% de ocupação.

“Desta forma, a taxa de ocupação de leitos hospitalares não deve ser utilizada como indicador único de vigilância da pandemia, mas sim como um parâmetro para a gestão da SMS monitorar a evolução da doença e equacionar o cenário assistencial”, aponta a nota técnica.