NÃO SE ARREPENDEU

Internado no Hugol após tentativa de feminicídio e de tirar a própria vida, em Iporá, homem é preso antes de ter alta

Homem disse à polícia que não se arrependeu e que mataria a esposa depois de se recuperar e que ainda tiraria a própria vida

A Polícia Civil do Estado de Goiás prendeu um homem de 51 anos suspeito de feminicídio tentado contra a esposa, em Iporá. A prisão aconteceu na quinta-feira (28), no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, onde o homem estava internado após tentar tirar a própria vida depois do suposto crime.

Sobre o caso, o delegado Igor Dalmy informou ao Mais Goiás que o homem não teria aceitado o pedido de divórcio da vítima depois de 30 anos de casamento. A corporação narra, ainda, que o suspeito foi até a fazenda da mulher, em Iporá, no último 15 de dezembro, à noite. No local, ele desligou a energia e aguardou do lado de fora até a mulher sair da casa, na manhã do dia seguinte.

Quando ela deixou o local, o homem a teria surpreendido com um revólver apontado para a cabeça dela. Ele chegou acionar o gatilho mais de uma vez, mas a arma falhou. A polícia relata que, irritado, ele deu coronhadas nos braços, cabeça e pescoço da vítima, causando lesões corporais.

O filho da vítima, ao escutar os pedidos de socorro da mãe, chegou ao local e o suposto autor fugiu. A família acionou a polícia que começou as buscas. Após alguns minutos, ele foi localizado nos fundos, com os dois pulsos cortados e os dois ouvidos sangrando, pois disparou contra a própria cabeça em uma tentativa de suicídio.

Ele recebeu atendimento médico em Iporá, mas foi levado para o Hugol, em Goiânia, ainda no dia 16, data da tentativa de feminicídio. No hospital, o homem teria dito não se arrepender e que tentaria matar novamente a esposa e tiraria a própria vida.

A autoridade policial, então, representou pela prisão preventiva do investigado, o que foi acatado pela Justiça. Como havia previsão de alta, o mandado foi cumprido por meio da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher de Iporá (Deam) e da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem) na quinta.

O suspeito, que não teve o nome divulgado, responderá pelos crimes de feminicídio tentado, descumprimento de medidas protetivas e porte ilegal de arma de fogo. A pena pode chegar até 24 anos de prisão.