Investigação sobre GCMs suspeitos de homicídio em Aparecida será concluída em novembro
Polícia Civil cumpriu mandados de prisão em setembro deste ano, cerca de 4 anos após o crime ocorrer
Investigação de Guardas Civis Municipais de Aparecida de Goiânia (GCMs) suspeitos de homicídio na Serra das Areias em 2017 será concluída em novembro, diz polícia civil. Dos 11 agentes envolvidos, oito foram liberados na audiência de custódia e três ficaram presos no quartel da GCM até a expiração do prazo legal da custódia. Eles foram colocados em liberdade até a conclusão do inquérito que deve ocorrer no próximo mês.
De acordo com a Polícia Civil, a investigação está em fase de conclusão e apura o envolvimento de 11 guardas municipais de Aparecida em uma ocorrência de extorsão e homicídio na região da Serra das Areias que ocorreu há cerca de quatro anos. O resultado do inquérito deve ser apresentado no próximo mês após realização de últimas diligências do caso.
Operação Caronte
Em setembro, a Operação Caronte da Polícia Civil prendeu oito GCMs suspeitos de envolvimento em um homicídio ocorrido em 27 de outubro de 2017. Os guardas aguardam em liberdade, mas foram afastados das ruas e prosseguem trabalhando na corporação realizando trabalhos administrativos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Aparecida, a pasta segue colaborando com as investigações dos órgãos de segurança competentes e que a Corregedoria também abriu investigação com objetivo de obter elementos para os devidos processos legais e que aguarda o fim do inquérito para tomar providências legais.
Como aconteceu o homicídio na Serra das Areias
A Polícia Civil de Goiás iniciou a Operação Caronte em 23 de setembro para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra 11 guardas municipais de Aparecida. A investigação objetiva esclarecer um homicídio ocorrido no em 2017, na região da Serra das Areias.
De acordo com a PC, a vítima teria sido morta depois de uma abordagem de duas viaturas da Rondas Ostensivas Municipais da Guarda Civil de Aparecida de Goiânia (Romu) a um grupo de amigos que tomava banho em córrego próximo ao bairro Jardim Tiradentes.
Na ocorrência, duas viaturas fizeram a abordagem do grupo. Ao constatar que a vítima tinha uma passagem anterior por tráfico de entorpecentes, os agentes passaram a fazer questionamentos sobre localização de armas ou drogas que a vítima negou possuir.
Propina
De acordo com a investigação, após os questionamentos, os guardas teriam exigido propina no valor de R$ 10 mil para liberarem a vítima. Ainda de acordo com a apuração da PC, a vítima alegou que conseguiria apenas R$ 2 mil. Os agentes então o colocaram dentro da viatura, última vez que a vítima foi encontrada com vida.
O jovem foi encontrado apenas no dia seguinte, com um tiro na cabeça. Os fatos motivaram a abertura do inquérito da Polícia Civil aos membros da GCM que são investigados por tortura, extorsão mediante sequestro e homicídio qualificado.