Final feliz

Ipasgo atende decisão e vai custear tratamento de bebê que nasceu com “meio” coração

O instituto estava resistente quanto a cumprir a determinação judicial de arcar com as despesas do tratamento do bebê em São Paulo

Mãe de bebê com meio coração luta para salvar filho

O Instituto de Assistência dos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo) cumprirá a decisão judicial expedida na última sexta-feira, 21, pela juíza Ana Paula de Lima Castro, que determinou que o instituto arque com todos os custos do tratamento, em São Paulo, do pequeno Emanuel Justo, de apenas 3 dias de vida. O bebê nasceu com a chamada Síndrome do Coração Esquerdo, um defeito congênito em que o lado esquerdo do coração, incluindo a cavidade cardíaca inferior, as válvulas e a aorta, é subdesenvolvido. Na prática, é como se o bebê tivesse apenas metade do coração.

A mãe do bebê, Débora Antônia, deu à luz ao pequeno Emanuel na sexta-feira e no mesmo dia conseguiu a decisão favorável na Justiça. Conforme determinado pela magistrada, o Ipasgo deverá arcar com as despesas “de todos os procedimentos de internação, inclusive as despesas com a cirurgia a ser realizada pelo Dr. José Pedro da Silva e sua equipe no Hospital de Beneficência Portuguesa de São Paulo, bem como os demais procedimentos e exames para cirurgia e tratamento do coração”.

Débora acionou devido à delicadeza do quadro do bebê, cujo tratamento é de alto custo e só pode ser feito em São Paulo. O valor total do tratamento pode ultrapassa a marca de R$ 1 milhão. Para corrigir o problema no coração, o filho de Débora precisa passar por três cirurgias: a primeira de 3 a 6 dias de vida; a segunda de 3 a 4 meses e a terceira após os 2 anos. Caso não realize a primeira cirurgia no Hospital Beneficência Portuguesa, referência nesses casos, o quanto antes, o pequeno pode não sobreviver.

Conforme apurado pelo Mais Goiás, a ordem para o Ipasgo cumprir a decisão judicial partiu diretamente do governador Ronaldo Caiado. O instituto já está tomando as providências necessárias.