Irmã e mãe de goianas presas na Alemanha após ter etiqueta de mala trocada por outra com drogas irão a Frankfurt

Lorena Baía, irmã de Kátyna Baía, uma das goianas presas na Alemanha depois de ter a etiqueta de mala trocada por outra com drogas, irá até Frankfurt nesta segunda. O intuito é dar suporte à parente, mas também a companheira dela, Jeanne Paollini, também detida.

Ela viaja com uma advogada e também com a mãe de Jeanne. Segundo informações da TV Anhanguera, elas não irão despachar mala por medo do que ocorreu. Polícia Federal (PF) e embaixada brasileira darão suporte.

Outro caso, mesma organização

O medo da troca de bagagens não é por acaso. Na França, algo semelhante aconteceu, mas em vez da vítima da troca, foram presas duas pessoas que seriam da mesma organização mudou as etiquetas das malas das duas goianas.

Segundo o delegado da Polícia Federal (PF), Bruno Gama, as duas pessoas foram presas em Paris, na França, com bagagens com drogas, um dia antes das goianas detidas em Frankfurt, na Alemanha. O caso também envolvia uma goiana que despachou as malas de Goiânia. Diferente de Kátyna e Jeanne, ela conseguiu pegar a mala já destrocada e seguir viagem sem saber do ocorrido.

Gama explica que esta goiana despachou as malas para Paris, de Goiânia, no dia 3 de março. Em relação as duas mulheres detidas na Alemanha, elas despacharam as malas em 4 de março e foram presas no dia 5, em Frankfurt. O destino final delas seria Berlin, conforme o delegado. Se a ação da organização desse certo, elas pegariam as malas e não perceberiam o ocorrido – a troca de etiquetas.

O delegado da PF também afirmou que a bagagem correta das goianas ainda não foi localizada. Além disso, informou que as duas mulheres vistas trocando as malas em Guarulhos também não foram identificadas.

Sobre o caso, ele reforçou que a PF, por meio do Ministério da Justiça, já encaminhou as informações para a Justiça Alemã da investigação comprovando o esquema de funcionários do Aeroporto Internacional de Guarulhos para trocar a bagagem das passageiras por malas com drogas.

Na última semana, segundo ele, seis pessoas foram presas. Destas, algumas admitiram o crime. Os vídeos com as confissões também foram enviados. A Polícia Federal continua a operação que abrange não o caso específico das goianas, mas um grupo que atua no envio de drogas para o exterior por meio de troca de bagagens.