Irmãos são dopados e furtados dentro de ônibus interestadual no Tocantins
De acordo com relatos do motorista, vítimas aceitaram chocolates e água de coco de outro passageiro, os quais estariam adulterados. Uma das vítimas caiu, se feriu no rosto e precisou ser levada para hospital em Arraias (TO)
Passageiros de um ônibus interestadual que se deslocavam de Teresina, no Piauí, sentido Brasília, Distrito Federal, neste sábado (15), foram dopados e, na sequência, furtados por um homem que também seguia viagem no coletivo. As vítimas foram abordadas pelo suspeito que ofereceu a todos chocolates e água de coco, os quais teriam sido adulterados com uma substância ainda desconhecida.
Um dos viajantes, 49, alterado, caiu enquanto tentava desembarcar do veículo para ir a um restaurante. Ele sofreu diversos ferimentos no rosto e precisou ser levado de ambulância ao Hospital Regional de Arraias (HRA), a 430 quilômetros da capital Palmas. Um irmão dele, 44, que também estava sem condições de andar e falar também foi encaminhado ao hospital, porém, sem ferimentos.
De acordo com uma atendente da unidade, a qual preferiu não revelar a identidade, ambos deram entrada no HRA às 13h59. “Não estavam em condições de falar e nem de andar. Entraram carregados. Tanto é que não conseguimos obter muitos detalhes para realizar os registros dos dois. Um deles caiu enquanto descia do ônibus para almoçar e bateu o rosto com força no chão precisou receber várias suturas porque estava sangrando muito”, observou.
Conforme expõe o prontuário da vítima machucada, sua pressão estava alta, o pico de 20/13 chegou a ser registrado. O irmão, mais novo, não se feriu, mas também estava muito alterado. “O motorista disse que um passageiro ofereceu água de coco e chocolate a todos e roubaram eles na sequência. Não sabemos o que foi levado”.
Segundo a funcionária do hospital, o médico, cuja identidade também foi preservada, recomendou que ambos permanecessem em observação durante 24h. Porém, ambos optaram por seguir viagem após ficarem por cerca de 2h recebendo atendimento. De acordo com a trabalhadora, a unidade não tem capacidade para realizar exames para determinar o tipo e/ou quantidade da substância utilizada para dopar os irmãos.
A polícia não foi acionada e não há informações sobre a existência de mais pessoas dopadas no interior do coletivo. A redação do Mais Goiás tentou contato com a empresa responsável pelo veículo, Real Sul, mas as ligações não foram atendidas até a conclusão deste texto.