PRIMEIRA VEZ

João de Deus consegue absolvição em caso de falsidade ideológica

Ele foi denunciado em março de 2019, junto com outras três pessoas

João de Deus consegue primeira absolvição com atuação de Demóstenes Torres (Foto: Walterson Rosa/Folhapress)

João Teixeira de Faria, o João de Deus, teve a primeira absolvição nesta semana. A informação do Jornal Opção. Segundo a publicação, o advogado Demóstenes Torres conseguiu provar a inocência do médium pela prática do crime de falsidade ideológica, crime pelo qual foi denunciado em 22 de março de 2019 – junto de outras três pessoas – pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).

Ao veículo de comunicação, Demóstenes revela que conseguiu a absolvição por unanimidade no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) pela não configuração de crime. “Em seguida o Ministério Público entrou com recurso e o Tribunal negou. Eles (MP) entraram com agravo, onde o ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), democraticamente viu que não cabia recurso. Como o fato é atípico em relação a um, passa a ser atípico em relação a todos. Então João de Deus, por tabela, conseguiu a sua primeira absolvição”, esclarece.

O MP-GO havia alegado que João e outros réus teriam inserido informações falsas em declaração pública, atestando a inocência do médium de acusações. Desta forma, o órgão considerou que eles tentavam mudar a verdade.

“Nós advogamos para a jornalista Edna Gomes e o Tribunal já tinha reconhecido que a conduta era atípica. O que aconteceu foi que ela levou uma pessoa para fazer uma declaração em cartório a pedido do João de Deus. Isso não é crime, não teve violência, não teve constrangimento. A pessoa foi voluntariamente”, continuou ao portal.

A justiça, vale destacar, não consideram declarações em cartório como crime. De acordo com Demóstenes, não há, neste tipo de ação, capacidade de influência. É possível, ainda, que o advogado e seu escritório atuem nos demais casos do religioso.

“Fui visitá-lo. João de Deus está em prisão domiciliar. Fui com meus advogados. Levei a decisão para ele, que me pediu para analisar a possibilidade de ajudar também nesses outros casos. Estamos fazendo um estudo para ver se entramos ou não”, finalizou.