Debilitado

João de Deus deixa prisão para realizar exame

De acordo com o advogado do médium, pedido foi feito por médicos que o acompanham depois que ele relatou que sofreu diversas quedas na unidade: no banheiro e no quarto. Defesa vai pedir novamente para que ele cumpra prisão domiciliar

João de Deus consegue primeira absolvição com atuação de Demóstenes Torres (Foto: Walterson Rosa/Folhapress)

João Teixeira de Faria, o João de Deus, deixará o Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, na tarde desta quinta-feira (22), para ser submetido a uma ressonância magnética. De acordo com Anderson Van Gualberto, advogado do médium, o exame será realizado no Hospital São Salvador, que fica no mesmo município.

Ainda de acordo com a defesa, a solicitação do exame foi feita por médicos que acompanham João de Deus após algumas quedas que ele teria sofrido dentro da unidade. Anderson ainda destacou que o cliente teria perdido 17 quilos em 45 dias.

Procurada, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) disse que informações sobre  o horário e saída do presídio são restritas à segurança penitenciária por “questões de segurança.”

Um relatório feito pela própria DGAP destaca que, nos dias 3 e 19 de junho, o médium relatou que caiu da cama, no quarto e no banheiro. Ele ainda teria pedido para que fossem instaladas barras de segurança dentro do banheiro. Em outro trecho, o relatório destaca que, após a realização de exames, ficou constatado que o médium apresentou escoriações e alguns hematomas. Por isso, após audiência que ouviu seis testemunhas, a juíza do Fórum de Abadiânia decidiu que o médium seria interrogado por carta precatória.

A defesa destaca que vai solicitar, novamente, um pedido para o médium cumpra prisão domiciliar. Segundo Anderson, o documento deve ser requerido na próxima semana. João de Deus está preso desde o último dia 16 de dezembro de 2018.  Ele foi denunciado 11 vezes. É réu em nove processos, dois deles por posse ilegal de arma de fogo. O médium passou por nova audiência no último dia 12 de julho. Ele negou os crimes sexuais, mas admitiu a posse de armas. E alegou que não sabia que guardá-las em casa configurava crime.