João de Deus é alvo de 15ª denúncia por crimes sexuais do Ministério Público
Acusação é por estupro de vulnerável e envolve oito mulheres
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu, na tarde desta sexta-feira (13), a 15ª denúncia por crimes sexuais contra João Teixeira de Faria, o João de Deus. Esta acusação mais recente é por estupro de vulnerável e envolve oito mulheres. O crime teria ocorrido na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.
Os crimes, segundo a promotoria, ocorreram entre 1986 e 2017. As vítimas são de vários Estados: Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Maranhão, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso e Espírito Santo.
Segundo o MP-GO, a denúncia traz, ainda, outras 44 vítimas. Contudo, os crimes estão prescritos. Isso não impede que estas pessoas funcionem como testemunhas, a fim de reforçar o modus operandi do religioso.
A denúncia foi feita pelo promotor Luciano Miranda Meireles. Ele coordenou a força-tarefa montada pelo MP no fim de 2018 que apurou os crimes praticados por João de Deus. Vale lembrar, os casos vieram a público depois de reportagem exibida na TV Globo.
Defesa de João de Deus
O Mais Goiás tenta falar com a defesa do médium para comentar a nova denúncia. Caso haja interesse, o espaço segue aberto.
Condenações
João de Deus já teve 14 outras denúncias por crimes sexuais. Em três delas já houve condenação.
São elas: a primeira, 19 anos e 4 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude, na modalidade tentada; violação sexual mediante fraude; e 2 estupros de vulneráveis. A segunda, 40 anos de reclusão por 5 estupros de vulneráveis; e, por fim, 2 anos e 6 meses de reclusão por violação sexual mediante fraude contra uma vítima.
Fora do espectro sexual, João de Deus foi condenado a 4 anos de reclusão por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e por posse irregular de arma de fogo de uso restrito.
Resumo
As denúncias contra o médium foram feitas em 8 de dezembro de 2018, quando quatro mulheres entrevistadas no programa Conversa com Bial, da Rede Globo, afirmaram ter sido abusadas por João Teixeira de Faria. Depois disso, centenas de outras vítimas também denunciaram o religioso em um caso que ganhou repercussão internacional.