Abadiânia

João de Deus é condenado a 40 anos por crimes sexuais

O médium João Teixeira de Farias, mais conhecido como João de Deus, foi condenado a…

O médium João Teixeira de Farias, mais conhecido como João de Deus, foi condenado a 40 anos em regime fechado por estupro de vulnerável. A sentença foi dada pela juíza Rosângela Rodrigues na tarde desta segunda-feira (20). A decisão envolve cinco vítimas. Duas delas são do Rio de Janeiro e as outras de São Paulo, Brasília e Rio Grande do Sul. Essa é a terceira sentença proferida contra o médium. Ainda cabe recurso

A magistrada entendeu que os relatos das vítimas demonstram que os crimes eram praticados com o mesmo modus operandi. E que todas foram violentadas durante atendimento individual. A sentença é referente à denúncia apresentada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), em março do ano passado. Ainda há dez outros processos que aguardam julgamento, mas pode aumentar com possíveis novas denúncias. A defesa do médium alegou que ainda não foi intimada e comunicada da decisão.

João de Deus está preso desde 16 de dezembro de 2018 após diversas denúncias de crimes sexuais. De lá para cá, ele teve habeas corpus negados, uma fazenda invadida por integrantes do Movimento Sem Terra (MST) e Movimento Camponês Popular (MCP), abandono de advogados do caso e até mesmo duas condenações: uma de quatro anos, em regime aberto, no caso de posse ilegal de armas de fogo e a 19 anos de prisão por crimes sexuais – sendo a primeira por esse tipo de crime.

Ambas as decisões são, também, da juíza Rosângela Rodrigues. Na última delas, a magistrada afirmou que dois crimes são por violação sexual mediante fraude e os outros dois por estupros de vulneráveis.

João de Deus sempre negou os crimes. Mesmo preso, o médium continuava a lucrar com a rede internacional que atrai diversos turistas à Casa Dom Inácio de Loyola, segundo uma reportagem da IstoÉ. A revista Veja também mostrou que João de Deus continua fazendo ‘milagres’ dentro da cadeia.

Recentemente, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) ofereceu a 12º denúncia contra o médium e, junto com ele, outros dois guias também foram inclusos no documento. De acordo com o órgão, eles tinham conhecimento do crime cometido pelo médium e não fizeram nada para impedi-lo com o propósito de ganhar mais prestígio dentro da Casa.