Atendimento particular

João de Deus recebe primeira visita médica na penitenciária, em Aparecida de Goiânia

O atendimento foi realizado nesta segunda-feira (22), mas detalhes sobre o serviço não foram divulgados. Na última semana, TJ concedeu liminar que autoriza visitas regulares de médicos ao médium

O médium João Faria de Teixeira, mais conhecido como João de Deus, recebeu a primeira visita médica particular no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, após liberação da Justiça. O atendimento foi realizado nesta segunda-feira (22), mas detalhes sobre o serviço não foram divulgados. O líder espiritual é acusado de cometer crimes sexuais contra diversas mulheres durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, e nega os abusados.

A visita foi confirmada pela Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) e pela defesa de João de Deus. Detalhes sobre a duração, o local e a quantidade de médicos que participaram da consulta não foram divulgados. A reportagem tentou verificar a existência de agendamento de novas visitas, mas também não foi informada sobre o assunto.O Mais Goiás entrou em contato com a defesa do acusado, mas o responsável por mais passar as informações pertinentes ao assunto não atendeu as ligações até o fechamento desta edição.

Na última semana, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) concedeu liminar que autoriza a visita regulares de médicos do médium no Complexo Prisional. Na ocasião, a defesa do acusado afirmou que os dias das visitas devem ser definidos entre a unidade prisional e os médicos. Na solicitação, a defesa argumentou que o médium é portador de doença coronária e vascular grave, além de ter sido operado recentemente de um câncer agressivo no estômago. Os advogados alegam ainda que o quadro clínico do réu tem piorado em razão da prisão e que ele necessita de acompanhamento médico com urgência.

Antes da liminar, a DGAP informou que o tratamento ofertado à população carcerária goiana é único, sem privilégios ou distinções, resguardados os casos em que há decisões judiciais com determinações diferenciadas a serem executadas pela instituição.

João de Deus é réu em dez processos por abuso sexual e posse ilegal de arma de fogo. Ele sempre negou os crimes sexuais, mas admitiu a posse de armas. O médium alega que não sabia que guardá-las em casa configurava crime. João de Deus é réu em dez processos por abuso sexual e posse ilegal de arma de fogo. Ele sempre negou os crimes sexuais, mas admitiu a posse de armas. O médium alega que não sabia que guardá-las em casa configurava crime.