João de Deus tem novo habeas corpus negado pela Justiça goiana
João Teixeira de Farias, o João de Deus, teve mais um habeas corpus negado pelo…
João Teixeira de Farias, o João de Deus, teve mais um habeas corpus negado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) nesta terça-feira (1°). A decisão foi dada pelo desembargador Nicomedes Domingos Borges.
De acordo com a assessoria do TJ-GO, o caso analisado é referente a um processo de abusos sexuais. A defesa sustentou que o prazo para a conclusão teria excedido. Entretanto, o desembargador entendeu que a ação foi finalizada em “instrução processual”.
O objetivo da defesa era que o médium passasse para prisão domiciliar e tivesse atendimento por home care. Porém, Nicomedes entendeu que a defesa não conseguiu comprovar os problemas de saúde de João de Deus.
Anderson Van Gualberto de Mendonça, que compõe a defesa do médium, disse que a decisão foi uma “surpresa”. Ele também afirmou que irá impetrar um novo pedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para isso, é aguardado a publicação da sentença da decisão do TJ-GO.
“Respeitamos a decisão da Justiça, mas temos diversos relatórios médicos que mostram que o Sr. João está morrendo à míngua. Ele já caiu da própria altura, toma 17 medicamentos sozinho, anda com o auxílio de outros presos e sofre de diversos problemas crônicos”, relata.
O advogado ainda pontua que a liberdade do médium agora é “uma questão humanitária”. “Nesse hospital em que atualmente está internado, já foi recomendado a transferência dele para uma unidade especializada. Ele teve o início de infarto. O risco de morte do Sr. João é iminente”, afirma.
João de Deus é acusado de abusos sexuais. Ele está preso desde dezembro de 2018 no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia. Desde o último dia 27 de setembro, está internado no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP), após sentir fortes dores no peito.
Em nota emitida na noite desta segunda-feira (30/09), o hospital afirmou que ele foi avaliado por uma cardiologia e recomendava a internação dele numa unidade especializada.
“No parecer emitido, o profissional recomenda a transferência do paciente para unidade referência em cardiovascular (pública ou privada) onde ele poderá realizar exames mais detalhados que permitirão uma melhor avaliação da Doença Coronária e do cenário de angina instável apresentada nos últimos dias. Paciente segue internado na enfermaria, em observação, até a realização da transferência”, diz o texto.