João de Deus tem pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça
A juíza Rosângela Rodrigues, da comarca de Abadiânia, negou, nesta quinta-feira (8), que João Teixeira…
A juíza Rosângela Rodrigues, da comarca de Abadiânia, negou, nesta quinta-feira (8), que João Teixeira de Farias ficasse em prisão domiciliar. Conhecido como João de Deus, o médium segue preso no Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia desde dezembro de 2018. Ele é acusado por crimes sexuais e posse ilegal de arma de fogo.
De acordo com a a magistrada, não existe novo fato, não houve agravamento do quadro de saúde do médium e nem ficou demostrada a falta de tratamento de saúde dentro da unidade penal. O Mais Goiás entrou em contato com a defesa do médium, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
João de Deus foi denunciado 11 vezes. É réu em nove processos, dois deles por posse ilegal de arma de fogo. O médium passou por nova audiência no último dia 12 de julho. Ele negou os crimes sexuais, mas admitiu a posse de armas. E alegou que não sabia que guardá-las em casa configurava crime.
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que uma nova audiência deve ser realizada, pois o áudio captado na sessão apresentou ruídos, o que impede de ouvir a gravação. Ainda de acordo com o órgão, isso ocorreu com todas as audiências realizadas nesta data e, por isso, todos os atos serão repetidos novamente.
Recentemente, o juiz José Paganucci Júnior concedeu liminar que autorizava visitas regulares de médicos para acompanharem a saúde do líder religioso. No último dia 22 de julho, o médium recebeu a primeira visita de médicos particulares dentro da prisão. Porém, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) não deu mais detalhes sobre o atendimento e quando eles se repetiriam.
Dois dias após a primeira visita médica, nove advogados que compunham a defesa de João de Deus renunciaram ao caso. São eles: Alex Neder, Luísa Moraes Abreu Ferreira, Renato Martins, Paulo Sergio Coelho, Giovana Paiva, André Perasso, Eduardo Macul, Robert Koller e Alberto Toron. Em carta enviada à imprensa, os profissionais alegaram que “não podem dar razões” à saída do caso e que “confiam na inocência” do médium.
Na tarde da última quarta-feira (7), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do médium, em Anápolis. Doram encontrados um arma, munição, extratos bancários e documentos – dentre eles uma carteira de agente prisional e uma da inteligência da a Polícia Militar (PM). A força-tarefa do Ministério Público de Goiás (MP-GO) busca saber se os documentos são falsos e as respectivas origens deles.