João de Deus vai à audiência, mas não é ouvido após testemunhas não comparecerem
João Teixeira de Faria, o João de Deus, foi à audiência marcada para esta quinta-feira…
João Teixeira de Faria, o João de Deus, foi à audiência marcada para esta quinta-feira (10), no Fórum de Anápolis, mas não foi ouvido porque algumas testemunhas não comparecem em juízo. De acordo com a defesa do médium, o julgamento é referente as armas que foram encontradas na residência dele.
Anderson Van Gualberto de Mendonça, advogado do líder religioso, sustenta que a arma encontrada na casa de João de Deus foi apreendida um dia depois de uma busca realizada no local. Além disso, ele conta que três testemunhas de defesa foram ouvidas, mas que outras duas não apareceram.
Além delas, segundo o defensor, falta ouvir as duas testemunhas de acusação, que vão depor por meio de carta precatória. Anderson ressalta que o João de Deus também terá o depoimento colhido pelo mesmo meio.
“Essa audiência já estava marcada, mas, a partir de agora, o depoimento dele será realizado por carta precatória. Ele não está mais aguentando fazer esse tipo de viagem. A situação dele é muito ruim. Eles [Judiciário e MP-GO] falam que ele está bem, mas é visível que não está”, afirma.
Após a audiência, João de Deus foi levado novamente ao Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia. Ele está detido no local desde dezembro de 2018, após ser acusado de crimes sexuais conta mulheres e adolescentes. Entretanto, sempre negou as denúncias.
Recentemente, no último dia 27 de setembro, João de Deus foi internado às pressas no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP). Segundo a defesa, ele teve o início de infarto. O médium passou por análise de um cardiologista e foi recomendada a transferência dele para uma unidade especializada. Ele aguarda a vaga ser liberada via regulação. O líder religioso também foi submetido a exames clínicos. Após oito dias internado, ele recebeu alta.
Nesse meio tempo, um novo habeas corpus foi negado pela Justiça goiana. O desembargador Nicomedes Domingos Borges entendeu que o processo que a defesa citara em julgamento foi concluído em “instrução processual”. E que os advogados não conseguiram comprovar os problemas de saúde do médium.
Apesar de todo o imbróglio que ronda João de Deus, a revista Isto É relevou que o médium ainda continua tendo lucros, mesmo estando preso. De acordo com a publicação, isso acontece porque a rede de turismo espiritual criada na Europa, Oceania e África continua em atuação. Segundo a reportagem, para passar duas semanas na casa, os visitantes têm que desembolsar valores entre R$ 15 mil a R$ 20 mil. Isso daria um giro médio de R$ 15 milhões em movimentação financeira.