Cliente compra telefone, mas recebe bobinas de papel pelo correio em Goiânia; vídeo

O Natal foi amargo para a jornalista Carolline Alves, de 27 anos, residente em Goiânia. Na expectativa de agradar e arrancar sorrisos de sua tia-avó, de 77 anos, Carolline acessou o site das Lojas Americanas e comprou-lhe um telefone celular – objeto que idosa nunca teve. Mas, em vez de alegria, o sentimento que sobreveio à chegada do pacote pelo correio foi o de frustração. No lugar do aparelho, o que a loja enviou foram seis bobinas de papel para máquinas de cartão de crédito.

A cena foi gravada por um parente desde o momento em que a destinatária do presente colocou as mãos na embalagem. O propósito do vídeo era eternizar a felicidade da tia-avó. Mas registrou assombro, consternação, surpresa e revolta – dela e de Carolline.

“A expectativa era grande. A minha tia-avó ficou muito ansiosa pois resistiu por muito tempo em não ter um aparelho, mas explicamos para ela a necessidade de ter um hoje em dia. Porém, tivemos essa péssima surpresa”, conta a jornalista. “Ao ver a caixa, eu ainda falo que ela parecia ser maior. Mas esperamos ela abrir. Todos ficaram surpresos”.

A jornalista diz que tentou contato com a Americanas por todos os canais de comunicação disponíveis, mas não foi atendida. O aparelho custou R$ 863,55, mas, segundo ela, o dano moral e emocional é muito maior do que o material. Carolline classifica o erro como “inadmissível”. “A gente sabe que está sujeito a receber produtos trocados em uma compra pela internet. Se tivesse vindo um outro celular era mais aceitável. Agora, bobina de papel? Isso é inadmissível. Para aprovar a compra eles foram ágeis; mas, para resolver o problema, é uma eternidade”.

Carolline também reclama da demora das Lojas Americanas para entregar o produto. A compra foi feita no dia 28 de novembro e deveria ter chegado no dia 10 de dezembro. Mas os entregadores só deixaram a embalagem no destino final no dia 28 de dezembro. A jornalista já registrou a reclamação junto ao Procon.

O Procon diz que já registrou 488 reclamações desde o início da pandemia. Destas, 88 em dias anteriores ou posteriores ao Natal. A maioria dos protestos acusa o recebimento de produtos em desacordo com o anunciado – como tamanho ou cor. Casos como o de Carolline, segundo o Procon, são raros e tratados muito mais como golpe, do que como erro. A orientação é procurar a Polícia Civil (PC) nesse caso.

O Procon também afirma que a maioria dos casos são resolvidos entre a própria empresa e o consumidor após o Procon fazer contato com os vendedores.

Em nota ao Mais Goiás, a Lojas Americanas informa que entrou em contato com a cliente Carolline Alves e está tratando o caso. “Pedimos desculpas pelo transtorno”, diz o texto.