DESPEDIDA

Jornalista Washington Novaes será sepultado em São Paulo nesta quarta (26)

Corpo do jornalista foi transportado de carro de Goiás para o estado paulista. Sepultamento vai ocorrer na tarde desta quarta-feira (26)

Prefeito de Goiânia sanciona projeto que retira homenagem a Washington Novaes (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O jornalista e escritor Washington Novaes, que morreu na última segunda-feira (24), será velado em Vargem Grande do Sul, município em que nasceu, no interior de São Paulo. O corpo foi transportado de carro para o estado paulista e chegou no local previsto na manhã desta quarta-feira (26). Sepultamento deve ocorrer por volta das 17h de hoje. As informações são do filho dele, o cineasta Pedro Novaes.

Um dos pioneiros na cobertura de meio ambiente e povos indígenas no Brasil, Novaes não resistiu a complicações de uma cirurgia para a retirada de um tumor no intestino, que descobriu em março deste ano. Ele morreu aos 86 anos, em um hospital de Aparecida de Goiânia. O jornalista deixa esposa, quatro filhos e sete anos.

Segundo Pedro Novaes, a decisão de sepultar o pai em São Paulo ocorreu para que a família do jornalista dê o último adeus a Washington. Ao Mais Goiás, o cineasta disse que o momento é duro e triste, mas o legado de Novaes dá conforto aos familiares.

“Acho que tudo isso fica menos doloroso pelo fato de que ele construiu tanta coisa boa. Construiu história e tornou-se referência no jornalismo brasileiro, assim como em discussões ambientais e indígenas. A consciência dessa construção e todo o legado deixado ajudam a superar o momento”, disse.

Trajetória

Washington Novaes passou pelas principais redações do País, como O Estado de S. Paulo, Veja, Folha de S.Paulo, TV Globo, como editor do Jornal Nacional, Rede Bandeirantes e TV Cultura. No Estadão, publicou artigos até 2018, na seção Espaço Aberto.

Em 1992, o jornalista conquistou o Prêmio Esso Especial de Ecologia e Meio Ambiente ao escrever artigos sobre a Eco-92 que foram publicados no Jornal do Brasil. Em 1982, ganhou medalha de prata no festival de Cinema e TV de Nova Iorque pela direção do documentário Amazonas, a Pátria e a Água, veiculado pelo Globo Repórter.