Jovem vira réu por matar e queimar corpo de contador em Niquelândia (GO)
O contador, conhecido como Niltinho, foi enforcado e teve o corpo queimado no quintal de casa
Um jovem, de 19 anos, virou réu após ser acusado de matar e queimar o corpo do contador Nilton Ferreira de Paula, de 41 anos, em Niquelândia. Segundo o Ministério Público (MP), Wilik Muriel e a vítima tinham um relacionamento amoroso, se encontraram no dia do crime e acabaram brigando. O contador, conhecido como Niltinho, foi enforcado e teve o corpo queimado no quintal de casa. O crime ocorreu no último dia 21 de maio.
A denúncia do MP foi apresentada pelo promotor de Justiça Pedro Alves Simões e aceita pela Justiça de Goiás no dia 7 de julho. A informação, porém, só foi divulgada à imprensa na quinta-feira (21).
De acordo com o órgão, o homicídio teve agravantes, como motivo torpe e emprego de meio cruel, pois o contador foi enforcado com o próprio cinto antes de ter o corpo carbonizado na residência em que morava. O autor fugiu após o crime e foi encontrado no Espírito Santo, no dia 10 de junho.
Investigações do caso do contador morto em Niquelândia
Durante as apurações, a Polícia Civil identificou que Willik e Niltinho tinham relacionamento amoroso esporádico. No dia do crime, eles se encontraram, consumiram bebidas alcoólicas, tiveram uma discussão e entraram em luta corporal.
O acusado, então, utilizou um cinto do contador para enforcá-lo. Na sequência, arrastou o corpo de Niltinho para os fundos da casa, cobriu com uma coberta e ateou fogo.
O jovem ainda roubou jóias, dinheiro e relógios da vítima, colocou no carro do contador, dirigiu até um ponto da cidade, pegou os bens e ateou fogo no veículo. Na sequência, fugiu.
No momento em que foi preso, no Espírito Santo, o suspeito carregava uma mochila com colares, um relógio, anéis de ouro do contador. Os itens foram recuperados pela polícia.
Apuração complexa
De acordo com o delegado Cássio Arantes, a investigação do crime foi complexa, já que não havia testemunhas do crime. A equipe precisou analisar conversas, contatos e redes sociais de Niltinho para conseguir chegar a evidências que mostrassem que Willik e ele tinham um ‘relacionamento amoroso esporádico’, bem como encontrar indícios de que se encontraram na noite em que a vítima foi assassinada.
“A gente acabou identificando, depois de uma super força-tarefa, que o suspeito esteve com a vítima no dia dos fatos. Eles tinham um relacionamento, apesar de esporádico. E, na noite anterior ao crime, combinaram de se encontrar. A vítima chegou a buscá-lo em um ponto da cidade, foram para a casa da vítima, eles consumiram bebidas alcoólicas e depois entraram em luta corporal”, detalhou o investigador.