JUSTIÇA

Jovens acusados de participar do assassinato de Ariane Bárbara vão a júri popular

A vítima foi encontrada morta em uma mata no setor Jaó, em Goiânia, após sair para encontrar com os amigos.

Caso Ariane: Raissa Nunes e Jeferson Cavalcante vão a júri na próxima terça (29) (Foto: divulgação - PC)

Dois dos jovens acusados de envolvimento com a morte de de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, ocorrida em agosto de 2021, em Goiânia, serão levados a júri popular na próxima segunda-feira (13). Jeferson Cavalcante Rodrigues e Enzo Jacomini Carneiro Matos (conhecida pelo nome social de Freya) participaram do crime, que teria ocorrido porque Raíssa Nunes Borges quis testar se era ou não psicopata.

Raíssa deverá ser julgada em outra ocasião, em razão de recurso interposto pela sua defesa.

A acusação será feita pelo promotor Maurício Gonçalves de Camargo.

A vítima foi encontrada morta em uma mata no setor Jaó, em Goiânia, após sair para encontrar com os amigos.

De acordo com a denúncia, o homicídio ocorreu por volta das 21 horas de 24 de agosto de 2021. Segundo a investigação, os quatro amigos planejaram toda a ação no dia anterior ao crime. Eles chamaram a vítima para um passeio com lanche e afirmaram que a levariam de volta para casa em seguida. Porém, mataram-na no trajeto.

Ariane foi colocada no banco de trás do carro, entre a adolescente e Raíssa. Jeferson passou a dirigir pela cidade e, em determinado momento, colocou para tocar uma música e estalou os dedos, sinais esses previamente pactuados como indicativos do momento em que a execução deveria começar.

A vítima foi estrangulada e desmaiou. Enzo, de acordo com os autos, participou do estrangulamento. Em seguida, Ariane foi esfaqueada. O grupo colocou o corpo no porta-malas do carro, que estava forrado com plástico, e o levou para a área de mata no Setor Jaó, onde foi coberto com terra e pedras.

Denúncias

O Ministério Público aponta que os denunciados agiram de maneira livre e consciente, em comunhão de vontades, unidade de desígnios e por intermédio de repartição de tarefas, por motivo fútil, mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Depois do homicídio, ocultaram o cadáver numa zona de mata situada no Setor Jaó. O corpo foi encontrado sete dias depois, após mobilização da família da vítima, que apontou o seu desaparecimento.

Os três também foram denunciados por corrupção de menor, por terem envolvido uma adolescente na prática do crime (em relação a esta, o caso tramita no Juizado da Infância e Juventude, sob segredo de Justiça).