Jovens envolvidos no assassinato de Ariane Bárbara são condenados à prisão
Raissa e Jeferson foram condenados por juri popular após 14 horas de julgamento
Os réus Jeferson Cavalcante Rodrigues e Raissa Nunes foram condenados a 14 e 15 anos de prisão, em julgamento ocorrido na última terça-feira (29). A sentença foi proferida após 14 anos horas de júri popular. Eles são acusados de matar Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, em agosto de 2021, em Goiânia.
O jovem Jeferson Cavalcante confessou o crime durante o júri popular e foi condenado a 14 anos de reclusão e 10 dias multa. Ele chegou a dar detalhes do crime durante o julgamento, salientando que dirigiu o veículo e vigiou o local durante ocultamento do cadáver.
Já Raissa foi condenada a 15 anos de reclusão e 10 dias multa. Ela também confessou o crime e chegou a pedir perdão à mãe da vítima, Eliane Laureano.
O crime
A vítima foi encontrada morta em uma mata no setor Jaó, em Goiânia, após sair para encontrar com os amigos. De acordo com a denúncia, o homicídio ocorreu por volta das 21 horas de 24 de agosto de 2021.
Segundo a investigação, os quatro amigos planejaram toda a ação no dia anterior ao crime. Eles chamaram a vítima para um passeio com lanche e afirmaram que a levariam de volta para casa em seguida. Porém, mataram-na no trajeto.
Ariane foi colocada no banco de trás do carro, entre a adolescente e Raíssa. Jeferson passou a dirigir pela cidade e, em determinado momento, colocou para tocar uma música e estalou os dedos, sinais esses previamente pactuados como indicativos do momento em que a execução deveria começar.A vítima foi estrangulada e desmaiou.
Enzo, de acordo com os autos, participou do estrangulamento. Em seguida, Ariane foi esfaqueada. O grupo colocou o corpo no porta-malas do carro, que estava forrado com plástico, e o levou para a área de mata no Setor Jaó, onde foi coberto com terra e pedras.
Denúncias
O Ministério Público aponta que os denunciados agiram de maneira livre e consciente, em comunhão de vontades, unidade de desígnios e por intermédio de repartição de tarefas, por motivo fútil, mediante dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Depois do homicídio, ocultaram o cadáver numa zona de mata situada no Setor Jaó. O corpo foi encontrado sete dias depois, após mobilização da família da vítima, que apontou o seu desaparecimento.