CRUEL

Juiz aceita denúncia contra estudante que ateou fogo em colega de escola, em Goiânia

Vítima permanece internada na UTI, respira com suporte de oxigênio e se alimenta por sonda.

Justiça mantém prisão de mulher suspeita por atear fogo em colega de sala, em Goiânia (Foto: Reprodução - TV Anhanguera)

A estudante Islane Pereira, de 19 anos, vai responder por tentativa de homicídio por ter ateado fogo no corpo da colega de sala, M.C.G., de 17 anos. O caso aconteceu no dia 31 de março, enquanto as garotas estavam no intervalo da escola, em Goiânia. Islane, que está presa desde o ocorrido, alega que a vítima fazia comentários que zombavam do bronzeado dela. Contudo, isso não ficou comprovado pelas investigações da Polícia Civil.

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara recebeu a denúncia contra Islane nesta segunda-feira (25). Segundo o magistrado, os investigadores reuniram indícios suficientes para que o processo contra a estudante fosse aberto. No entanto, o processo vai aguardar pela recuperação da vítima para decidir se o caso será tratado como tentativa de homicídio ou homicídio consumado.

Vale ressaltar que, que desde que o crime ocorreu, M.C.G. permanece internada no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). Segundo a unidade médica, a garota permanece internada na UTI e respira com suporte de oxigênio. O estado de saúde dela é considerado regular e ela está consciente.

M.C.G. ja foi submetida a uma cirurgia e sobreviveu. Ela teve 49% do corpo queimado, com queimaduras de até 3º grau.

Relembre o caso da estudante que ateou fogo em colega de escola

O crime aconteceu no dia 31 de março deste ano, no pátio do Colégio Estadual Palmito, localizado no Jardim Novo Mundo, em Goiânia. De acordo com a polícia, Islane e a vítima cursavam juntas o ensino médio na mesma sala, porém não se consideravam amigas.

Depois se saber de rumores de que M.C.G. havia criticado a forma como ela se bronzeava, a denunciada teria ficado com raiva e decidido se vingar da colega, tentando matá-la. Consta no inquérito policial que, no dia do crime, Islane levou para a escola uma faca com aproximadamente 15 centímetros de lâmina, um canivete multifuncional com aproximadamente 10 centímetros de lâmina, bem como álcool e um isqueiro.

Durante o intervalo de aula, a estudante aproveitou que a colega estava distraída na fila do refeitório, jogou álcool em seu corpo e ateou fogo com o isqueiro. M.C.G., segundo testemunhas, não teve tempo de esboçar qualquer reação, antes que tivesse o corpo tomado pelas chamas. A situação fez com que a garota se debatesse diante do desespero.

De acordo com a polícia, um coordenador do ginásio e outros alunos socorreram a vítima, deitando-a ao chão e apagando as o fogo com camiseta. Enquanto isso, M.C.G. agonizou até a chegada do Corpo de Bombeiros.

Ainda segundo a polícia, Islane voltou para sala de aula calma e friamente, como se nada tivesse acontecido, onde foi encontrada e contida por funcionários na secretaria até a chegada da polícia, que a autuou em flagrante.

O Mais Goiás não conseguiu falar com a defesa de Islane, mas o espaço está aberto.