Juiz determina prisão preventiva do homem que matou o ex-sogro dentro de farmácia em Goiânia
Felipe Gabriel Jardim matou João do Rosário Leão com tiros na cabeça e no peito
Na última sexta-feira (29), o juiz Antônio Fernandes de Oliveira decretou a prisão preventiva de Felipe Gabriel Jardim, 26 anos, que no dia 27 de junho matou o ex-sogro João do Rosário Leão, 63, com um tiro na cabeça. Crime ocorreu dentro de uma farmácia, em Goiânia.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou Felipe por homicídio duplamente qualificado e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. Ele está preso desde o dia 29 de junho quando foi capturado pela Polícia Civil (PC) na casa de familiares. Com esta decisão, Felipe continua preso.
Perigo
Segundo o juiz Antônio Fernandes, o acusado representa perigo a sociedade. De acordo com o magistrado, Felipe tinha o hábito de andar armado e ameaçar as pessoas por motivos fúteis.
Além do homicídio, Felipe responde a outros quatro processos criminais relacionados à violência doméstica. Dois foram registrados pela ex-namorada Kênnia Yanka Leão, filha do policial civil aposentado João Rosário.
Boletim de ocorrência
O delegado responsável pelo caso, Rhaniel Almeida, disse que Felipe matou o ex-sogro por causa de um boletim de ocorrência registrado pelo idoso na data do crime. O jovem tinha o desejo de seguir carreira na Polícia Militar e, segundo o delegado, gritou algumas vezes quando foi preso que o “sonho acabou”.
Felipe teria dito que a ocorrência registrada por João Rosário dificultaria a entrada dele na PM. Kênnia Yanka disse à polícia que Felipe estava sempre armado e o revólver “era a coisa que ele mais prezava”.
Morte do ex-sogro
Câmeras de segurança de uma farmácia que fica no cruzamento da Avenida T-4, com a T-13, no Setor Bueno, em Goiânia, registraram quando Felipe Gabriel entrou no estabelecimento e atirou na cabeça e no peito do ex-sogro, João Rosário Leão.
O idoso foi encaminhado para um hospital próximo a farmácia e transferido para o Hospital de Urgências de Goiânia, mas não resistiu aos ferimentos.
Felipe, que após o crime fugiu em um carro branco, já foi soldado do Serviço de Interesse Militar Voluntario (Simve) e havia sido nomeado gerente de sinalização da Superintendência Municipal de Trânsito e Mobilidade (SMM) de Goiânia há poucas semanas antes do crime. Ele foi exonerado do cargo.
Outras mulheres
Além de Kennia, Felipe responde a três processos de ameaças e crimes contra mulheres no sistema judiciário goiano. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, o rapaz é réu em um processo por ameaça cometido em novembro de 2020 e registrado na comarca de Aruanã. Na ocasião, ele portava um simulacro de arma de fogo.
Em janeiro de 2021, uma mulher com quem se relacionou conseguiu medidas protetivas contra ele após ser agredida em razão de uma crise de ciúmes que ele teve durante uma festa. Outros três registros foram feitos pelo Batalhão Maria da Penha em março, abril e julho do mesmo ano.
*Com informações do G1