Crime no Setor Perim

Juiz manda acusados de homicídios em boate de Goiânia a júri popular

Decisão cabe recurso; não há previsão de quando o julgamento deve ocorrer.

//
//

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, decidiu mandar a júri popular dois jovens acusados de cometer um triplo homicídio dentro de uma boate de Goiânia, em 18 de janeiro deste ano.

Além dos assassinatos, a dupla também irá responder por uma tripla tentativa de homicídio no mesmo dia. Outro rapaz, que acompanhava os acusados, também foi morto após ter reagido à abordagem policial.

Os dois acusados estão presos na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia desde o dia do crime. Durante a investigação, a Polícia Civil afirmou que os envolvidos eram integrantes de gangues rivais. Porém, além disso, outro motivo teria sido preponderante para motivar o assassinato.

Segundo o juiz, o motivo principal do crime foi a disputa por uma jovem, que namorava um dos acusados e era ex de uma das vítimas.

A defesa dos réus alegou que ambos agiram em legítima defesa. Apesar disso, o magistrado afirma em sua decisão que “provavelmente os denunciados assumiram o risco de atingir as demais vítimas, tendo em vista que atiraram por diversas vezes”.

Alcântara explicou ainda que os jovens responderão pelo triplo homicídio e pela tripla tentativa de homicídio, ambas duplamente qualificada, por motivo torpe e sem possibilidade de defesa para a vítima.

Caso sejam condenados, os dois podem pegar até pegar de 12 a 30 anos de prisão por cada um dos crimes. Não há previsão de quando ocorrerá o julgamento. A defesa tem um prazo de até cinco dias após ser notificada para recorrer.

O CRIME

A boate onde o crime ocorreu fica na Avenida Mato Grosso, no Setor Perim. Após o crime, a PM foi acionada e conseguiu prender os suspeitos. Eles  foram encaminhados para a sede da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), em Goiânia.

Com eles, foram apreendidas quatro armas de fogo. O delegado André Botezzini disse que os jovens confessaram que participaram da confusão.

Antes de praticarem os assassinatos, os dois acusados roubaram uma distribuidora de gás poucas horas antes, segundo a Polícia Civil. Armados, eles levaram mais de R$ 3,5 mil em um assalto.