Juiz manda investigar conduta de jurado que passou mal no júri do radialista Valério Luiz
A conduta do jurado que passou mal no júri popular do radialista Valério Luiz será…
A conduta do jurado que passou mal no júri popular do radialista Valério Luiz será investigada a pedido do juiz Lourival Machado da Costa. Na terça-feira (14), o julgamento precisou ser adiado pela 4ª vez devido o mal estar do jurado. A decisão pede urgência na apuração que será feita pela Divisão de Inteligência do próprio Tribunal de Justiça (TJ-GO). O jurado, que é estudante de direito, era intolerante à lactose e passou mal após comer lasanha e estrogonofe.
No despacho, o magistrado declarou que o jurado, sem comunicar ao oficial de Justiça encarregado de manter a incomunicabilidade, foi embora do hotel. A situação provocou a dissolução do conselho de sentença e o encerramento da sessão que julgava os acusados, entre eles o ex-presidente do Atlético-GO Maurício Sampaio.
Valério Luiz foi morto a tiros em 5 de julho de 2012, na saída da rádio onde trabalhava, em Goiânia. Segundo a denúncia do Ministério Público, o assassinato foi motivado pelas críticas constantes do radialista à diretoria do Atlético-GO, da qual Maurício Sampaio era vice-presidente à época.
O TJ-GO informou que a investigação não vai alterar a data para qual foi definido o julgamento, remarcado para 5 de dezembro deste ano. Porém, o tribunal não detalhou se o resultado da investigação pode gerar punições para o jurado.
De acordo com o TJ-GO, o jurado começou a se sentir mal durante a madrugada de terça-feira (14). Às 4h15, ele pediu que um funcionário do hotel chamasse um carro por aplicativo para que pudesse buscar um remédio em casa. Depois, voltou ao hotel. O jurado foi ao Tribunal de Justiça e comunicou ao juiz que ainda estava passando mal. Ele foi atendido por um médico, que atestou que ele não tinha condições de continuar no julgamento.
Os cinco réus acusados de cometer o crime são: o vice-presidente do Atlético-GO na época, Maurício Sampaio; Urbano de Carvalho Malta; Ademá Figueiredo Aguiar Filho; Djalma Gomes da Silva; Marcus Vinícius Pereira Xavier. As defesas de todos os réus alegam inocência.