JÚRI

Justiça absolve homem que comprou medicamento abortivo para mulher sem saber, em Aparecida

Apesar de reconhecerem a materialidade e autoria do crime, os jurados acataram pedido da defesa de absolvição por clemência

O tribunal do júri de Aparecida de Goiânia absolveu um homem acusado de comprar um medicamento abortivo para a ex-namorada, sem saber. O julgamento foi presidido pelo juiz Leonardo Naciff Bezerra, na última quarta-feira (21).

Apesar de reconhecerem a materialidade e autoria do crime, os jurados acataram pedido da defesa de absolvição por clemência.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o acusado levou para a então namorada uma substância abortiva (Citotec), achando se tratar de um remédio para dor. Um dia após ingerir o medicamento, a mulher, que estava com 24 semanas de gravidez, teve um parto prematuro.

Advogado do acusado, Rogério Brasil disse ao site Rota Jurídica que não houve dolo. Ele procurou a farmácia em busca de um remédio para dor, pois a mulher tinha passado por uma cirurgia. Ela, então, pediu que outra pessoa fosse ao local e entregasse o remédio ao réu, que estava em uma caixa e ele nem abriu, conforme a defesa.

Desta forma, ele não sabia o que era. Desta forma, o júri entendeu pela clemência.