Justiça aceita denúncia contra suspeita de matar ex-companheira a facadas em Goiânia
Crime foi motivado por ciúmes, segundo o Ministério Público
A Justiça aceitou denúncia contra Priscila Pereira da Luz, suspeita de matar a ex-companheira Kamilla Maria da Cruz Lino Arantes a facadas, em dezembro do ano passado na capital. O juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 3ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida e Tribunal do Júri de Goiânia, acolheu a ação do Ministério Público de Goiás (MP-GO) na segunda (18).
Consta nos autos que o crime foi motivado por ciúmes. A vítima e a ré tinham um relacionamento há oito anos e moravam juntas. Segundo o MP, o convívio era conturbado, marcado por brigas e agressões físicas por parte de Priscila. Além disso, o órgão expôs que ambas eram usuárias de drogas.
Na data do crime, houve uma discussão por ciúmes, segundo o MP. Depois de perder a calma, a ré pegou uma faca e golpeou a vítima. Um dos golpes atingiu o abdômen de Kamilla. Priscila não levou a vítima para receber atendimento, mas a para a casa onde moravam. Depois de três dias, o quadro de saúde se agravou e a denunciada, então, a levou para o Cais de Campinas.
Kamilla chegou a ser transferida para o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), contudo, não resistiu e morreu por choque séptico, causado pela perfuração de alças intestinais por causa das facadas.
“Vislumbro que a inicial acusatória reveste-se de um substrato probatório mínimo, apto a autorizar a deflagração da ação penal. A mesma está embasada em dados empíricos, o qual narrou o acontecimento que se amoldam o crime”, entendeu o magistrado. Priscila aguarda julgamento em liberdade.