Justiça arquiva investigação de morte de recém-nascido em maternidade de Goiânia
Caso aconteceu em novembro de 2019. Juiz concluiu que não houve crime
A justiça arquivou um inquérito policial que investigava a morte de um recém-nascido no Hospital e Maternidade Dona Íris em 2019. O pedido de arquivamento atendeu a um parecer do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que concluiu que não houve crime no caso.
De acordo com as investigações, o bebê morreu em novembro de 2019. A mãe da criança morava em Trindade, entrou em trabalho de parto e foi encaminhada pela Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da cidade à maternidade da capital.
Já em Goiânia, o atendimento médico concluiu que ela não tinha condições de fazer um parto normal. O profissional que fez o atendimento saiu para atender um parto de urgência e informou que faria o dela em seguida. Enquanto ela aguardava, outros dois médicos reavaliaram o caso e chegaram à conclusão que o parto normal seria o mais indicado.
Ainda de acordo com o inquérito, houveram complicações no parto e a criança nasceu tendo uma parada cardíaca. Ele chegou a ser encaminhado para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas não resistiu e morreu dois dias depois.
A avó da criança registrou um boletim de ocorrência e o caso começou a ser investigado pela Polícia Civil (PC). Entretanto, um parecer do Instituto Médico Legal informou que não haviam evidências de que a morte do recém-nascido foi causada pelo parto normal.
Com base no parecer e no inquérito policial, o juiz responsável pelo caso, Jesseir Coelho de Alcântara encerrou o caso, afirmando que “não houve crime doloso contra a vida ou qualquer outra infração penal, tratando-se, portanto, de fato atípico”.